- Blogueiro disse que não tem renda para se alimentar
- Allan dos Santos pediu doações financeiras a seus seguidores
- Santos usa contas alternativas para atacar STF
O blogueiro Allan dos Santos apelou à Corte pedindo o desbloqueio das contas bancárias de sua empresa de comunicação, o canal Terça Livre.
O militante bolsonarista está foragido nos Estados Unidos desde outubro do ano passado, quando teve a prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A defesa de Santos declarou que o bloqueio, feito pelo ministro Alexandre de Moraes, “inviabilizou a subsistência própria e familiar do impetrante”, já que lhe privou de “renda e recursos de natureza alimentar”.
“A pergunta é: será que o caminho brasileiro se dirige, no que se refere à liberdade de expressão e imprensa, ao mesmo destino de países como Venezuela, Cuba e outros submetidos a regimes totalitários?”, ponderou o advogado Renor Oliver Filho, que representa o blogueiro.
Ataques
Foragido nos EUA e com as redes sociais suspensas, Santos tem se dedicado a atacar as autoridades que lhe impuseram medidas cautelares e um mandado de prisão.
As críticas estavam sendo feitas em seu canal no Telegram, que também foi bloqueado, em fevereiro, a pedido de Moraes.
Semanas antes, o blogueiro provocou o STF dizendo que não respeitava as determinações dos respectivos ministros. Com contas alternativas no Instagram, Santos burlava o bloqueio e insultava Moraes.
“O cabeça de piroca pensa que pode me calar, mas não esperava que tenho amigos e estou livre agora. O escravo é você, que não pode sair na rua e ainda é amigo do PCC”, cantou, em um vídeo.
O blogueiro criou mecanismos para receber doações em moeda estrangeira e até em Bitcoin, e chegou a dizer aos seguidores, em janeiro deste ano, que já não tinha dinheiro para pagar nem a própria defesa.
“Por falta de dinheiro para pagar o único advogado que sobrou, preciso encontrar advogados voluntários para tocar os processos em andamento no Brasil. Quem estiver interessado em ajudar, por favor, entre em contato comigo pelo site”, pediu.
