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Ministro da Educação diz priorizar intermédio de pastor a pedido de Bolsonaro

Resumo da Notícia:

  • Em áudio, ministro da Educação afirma que favorece pedidos de verba intermediados por pastor
  • Solicitação de favorecimento veio do presidente Jair Bolsonaro
  • Liberação de verba teria contrapartida de apoio em construção de igrejas

O ministro da Educação Milton Ribeiro afirmou em uma gravação que o governo dá prioridade a pedidos de verba negociados por dois pastores que não tem cargos oficiais, mas atuam de forma informal dentro do Ministério da Educação (MEC), atendendo a uma solicitação do presidente Jair Bolsonaro(PL).

A informação foi revelada pelo jornal Folha de São Paulo, com uma gravação de áudio de Ribeiro.

A gravação contém parte de uma conversa entre Milton Ribeiro e os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, próximos ao presidente desde o primeiro ano do mandato. Os dois têm negociado com prefeituras ao redor do Brasil a liberação de recursos federais para a construção de creches e escolas, ampliação de infraestrutura e compra de equipamentos tecnológicos.

Na reunião, o ministro falava sobre o orçamento da pasta e os valores que são geridos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

“A minha prioridade é atender primeiros os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos que são amigos do Pastor Gilmar. Não tem nada com o Arilton, e tudo com o Gilmar. Por que ele? Porque foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do Gilmar”, afirma Ribeiro no áudio.

Em contrapartida da liberação da verba, o ministro pede apoio em determinadas áreas, como a construção das igrejas.

A atuação dos pastores no ministério foi revelada na última semana pelo jornal Estado de São Paulo, com um gabinete paralelo de religiosos que não têm vínculo com a educação e atuam no governo antes mesmo da nomeação de Ribeiro, que também é pastor.

Após a reportagem inicial sobre o assunto, o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) apresentou um requerimento na Câmara para solicitar a convocação do ministro para obter esclarecimentos sobre a operação do suposto gabinete paralelo.

 

Redação GOYAZ

Redação: Telefone (62) 3093-8270

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