‘Bolsonaro cometeu crime confesso de peculato’ ao se apropriar de presentes ao país
Diante do ocorrido, o comentarista traça paralelos entre Bolsonaro e outros líderes mundiais, inclusive D. Pedro II. Ele destaca que o imperador, mesmo expulso do país durante o processo de golpe e instauração da República, ‘não tentou surrupiar nada’. Deixou em terras brasileiras sua coroa de ouro com brilhantes, assim como seu cetro, além de se despedir com ‘ardentes votos para a grandeza e prosperidade do Brasil’.
Para Maierovitch, o ex-presidente fez um movimento antiético que confunde patrimônio público com privado. ‘Quando um chefe de Estado recebe um presente de uma força estrangeira, este se torna automaticamente patrimônio da nação, para regalo do povo’, pontua. ‘Bolsonaro tentou oito vezes liberar joias valiosas usando cargo de presidente.’
Ele ressalta ainda a boa atuação da Receita Federal nesses casos, quando prontamente confiscaram os materiais, mesmo diante de pressões de cima para liberá-los. ‘Os jornais europeus destacaram a criminosa conduta de Bolsonaro’, comenta Maierovitch. ‘Graças à Receita Federal, a vergonha não foi maior.’