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Nova técnica de edição genética cura cegueira em animais

Como os cientistas recuperaram a visão dos animais?

Publicado na revista científica Journal of Experimental Medicine (JEM), o estudo detalha o uso de uma nova técnica de edição genética inspirada no tradicional método CRISPR, a PE SpRY. Segundo os autores, a ferramenta recém-desenvolvida é ainda mais versátil no uso para editar os genes, podendo ser programada para corrigir múltiplos tipos de mutação genética, independentemente de onde ocorram no genoma.

Com a técnica, os pesquisadores restauraram a visão de camundongos, corrigindo mutações no gene que codifica a enzima PDE6β, localizadas na retina. O feito impediu a morte de mais células fotorreceptoras, como bastonetes e cones. Além disso, restaurou as respostas da região aos estímulos da luz.

Efeitos na visão da edição genética são duradouros?

Um ponto positivo da pesquisa é que as correções dos genes na retina são duradouras, ou seja, a cegueira não volta conforme o animal envelhece. Inclusive, os roedores passaram por periódicos testes em que a visão era testada. Os resultados das cobaias que passaram pela edição genética eram similares aos das saudáveis.

Estratégia pode ser estudada em humanos

“Nosso estudo fornece evidências substanciais para a aplicabilidade in vivodessa nova estratégia de edição do genoma e seu potencial em diversas pesquisas e contextos terapêuticos, em particular para doenças hereditárias da retina, como a retinite pigmentosa”, afirma Kai Yao, professor da universidade e um dos autores do estudo, em comunicado.

No entanto, mais testes de segurança e em outros modelos vivos devem ser desenvolvidos antes que a técnica de edição genética PE SpRY seja estudada nos primeiros humanos. Ainda não há previsão de quando isso pode ocorrer.

Fonte: Canaltech

Redação GOYAZ

Redação: Telefone (62) 3093-8270

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