PF abre inquérito para investigar repasses do MEC intermediados por pastores
A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a atuação de dois pastores como intermediários na liberação de recursos do Ministério da Educação (MEC) para prefeituras.
Esse inquérito se baseia em apuração feita pela Controladoria-Geral da União (CGU) e não envolve ninguém com foro privilegiado, como o ministro da Educação, Milton Ribeiro, ou o presidente Jair Bolsonaro. Por isso, ele foi aberto na Superintendência da PF no Distrito Federal.
O foco da apuração será a eventual prática de crimes pelos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos em um suposto esquema de favorecimento indevido de prefeituras na liberação de recursos do Ministério da Educação.
A CGU enviou à PF, na quinta-feira, o resultado de uma sindicância interna que apontou supostas fraudes na distribuição de verbas da Educação.
A partir de agora, a PF deve fazer investigações sobre o caso, e as provas que forem levantadas podem embasar uma abertura de ação na Justiça.
A crise se instalou no Ministério da Educação (MEC), após no início desta semana, o jornal “Folha de S.Paulo” ter divulgado um áudio em que o ministro Milton Ribeiro afirma repassar verbas para municípios indicados por dois pastores, Gilmar Santos e Arilton Moura, a pedido do presidente Jair Bolsonaro. Na esteira da revelação, prefeitos fizeram denúncias sobre propinas que os pastores pediam para facilitar a liberação das verbas.