VÍDEO | Ex-baterista do Legião Urbana compartilha manuscrito de Renato Russo em papel de pão
Um verdadeiro tesouro foi encontrado pelo músico Marcelo Bonfá, ex-baterista do Legião Urbana. Ele usou o Twitter para compartilhar um manuscrito de Renato Russo escrito em papel de pão. Morto em 1996, Renato Russo é o único roqueiro brasileiro que vendeu mais de 10 milhões de discos. Veja o manuscrito [logo abaixo].
No manuscrito, Renato Russo observava sobre a primeira apresentação da banda, em Patos de Minas, em setembro de 1982. Era o fim da ditadura e estava às vésperas para eleições para os governos estaduais, assembleias legislativas e Congresso Nacional.
O ex-baterista costuma contar que Renato Russo registrava todos os momentos da banda. No texto compartilhado por Bonfá, o vocalista escreveu sobre a origem do Legião Urbana e as motivações das canções – aspectos simples do dia a dia.
O manuscrito e as peculiaridades
Às vésperas da segunda apresentação, que aconteceria em Brasília naquele ano, Renato escreveu , no manuscrito, sobre a origem da banda.
“O grupo foi formado por Marcelo Bonfá [bateria, do Dado e o Reino Animal], Renato Russo [baixo, do Aborto Elétrico] e Eduardo Paraná [guitarra, do Boca Seca] em julho de 1982. A primeira apresentação foi no “Festival Rock no Parque”, realizado em Patos de Minas. Agora chega a vez de Brasília: esta é a nossa primeira apresentação aqui.”
No manuscrito em papel de pão, Renato Russo escreveu que aspectos comuns do cotidiano era a origem da inspiração da banda.
“Achamos que o importante é falar de coisas que acontecem com a gente: escolas, festas, cotidiano, como vemos o mundo, como o mundo nos vê. Chegou a hora do pessoal começar a se tocar [que] importante é fazer o que você quer e ficar bem com todo mundo que quer se divertir.”
O show, em Patos de Minas
O primeiro show da banda foi realizado na cidade de Patos Minas, em 1982, no festival “Rock no Parque”.
No fim da apresentação, os membros do Legião Urbana foram detidos, pois Renato estava cantando e defendendo o voto em branco. As eleições iriam ocorrer em novembro de 1982 – o então presidente era João Baptista Figueiredo, o último do período da ditadura, e houve eleições gerais.
A banda foi liberada sob a condição de sair imediatamente de Patos de Minas.
Veja o manuscrito:
— Marcelo Bonfa (@marcelobonfa) March 17, 2021
