FOTOS E VÍDEO | Fantástico 50 anos recria com IA matérias e clipes destruídos em incêndio nos anos 70
O Fantástico 50 anos mostrou nesse domingo, 6, um show de competência e criatividade para comemorar as cinco décadas do programa mais longevo da história da tv brasileira.
Com ajuda da IA, Inteligência Artificial, o programa recriou reportagens e clipes perdidos no incêndio que destruiu parte dos estúdios da TV Globo em 1976, época da ditadura militar no Brasil. As fitas com os seis primeiros meses do programa foram destruídas pelo fogo.
E a produção impecável recriou, entre outros, o clipe dos Secos & Molhados cantando o clássico Sangue Latino e levou Ney Matogrosso ao estúdio para assistir à versão do grupo, que mostrava as cabeças dos músicos numa mesa sobre bandejas. Ney ficou impressionado: “Parece que sou eu mesmo alí, né?”.
Acidente aéreo com Paulo Trajano
Outro momento de emoção foi a entrevista de Cidinha Campos, a primeira repórter mulher do programa, refazendo a conversa com Paulo Trajano, também perdida no incêndio.
Cidinha, hoje com 80 anos, e Trajano, com 72, recontaram o acidente aéreo do qual o brasileiro escapou com vida em 1973, nos arredores de Paris.
O repórter Hélio Costa, o primeiro correspondente do programa, também reapareceu nos estúdios Globo e falou da reportagem do menino com doença rara que vivia dentro de uma bolha de plástico, a mais icônica nesses 50 anos do programa.
A zebrinha
A zebrinha, que dava os resultados da Loteria Esportiva, com os jogos de futebol do fim de semana, também foi recriada, com Leo Batista, hoje com 91 anos, narrando os resultados dos jogos no estúdio.
“É para falar ou para chorar?”, questionou Léo ao assistir o resultado da produção ao lado da jovem senhora que fazia a voz da zebrinha querida.
Cid Moreira
Cid Moreira, com 95 anos, a eterna voz do Fantástico, também foi levado aos estúdios Globo e vestiu um blaser vermelho para refazer a primeira abertura do programa, que foi ao ar no dia 5 de agosto de 1973.
Na bancada, reproduzindo a da época, Cid leu 50 anos depois o mesmo texto que anunciava a estreia do Fantástico.
Foi uma volta ao tempo para o telespectador, que certamente se lembrou de vários momentos da própria vida ao assistir a essa primeira reportagem sobre cinquentenário do programa.
Filho de Chico Anizio reviveu o pai
Mas uma das maiores emoções foi a recriação de Chico Anisio por IA, revivido pelo filho dele Nizo Neto.
Chico fazia uma quadro humorístico todo domingo no Fantástico e Nizo emprestou seu corpo para que a IA recriasse a atuação do pai como Azambuja no programa.
No quadro, primeiro aparece o filho entrando em cena. Em seguida a IA transforma o rosto de Nizo no de Chico, num resultado cheio de saudade e nostalgia. “Se meu pai estivesse aqui, ia ficar muito emocionado”, disse Nizo.
Sandra Bréa interpreta Marilyn Monroe
Outro momento incrível, recriado por IA, foi a atriz e apresentadora Sandra Bréa, cantando e dançando numa homenagem à atriz Marilyn Monroe, a loira mais famosa de Hollywood, morta em agosto de 1962.
Sandra Bréa foi uma das atrizes mais famosas e queridas da época. Símbolo sexual e da liberdade feminina, ela morreu morreu de Aids e câncer de pulmão no ano 2000.
Boni, o criador
O Fantástico também entrevistou Boni, o então todo poderoso da Globo, explicando que a ideia dele ao criar o programa. Boni queria era levar “esperança”, alegria e acontecimentos fantásticos para as noites de domingo com 100% de produção original.
Já o produtor musical Guto Graça Mello contou como criou a trilha de abertura do programa. Disse que foi no hospital, onde a primeira filha dele, Mariella, havia acabado de nascer.
“Olhe bem, preste atenção. Nada na mão nesta também. Nós temos mágicas para fazer. Assim é a vida, olhe pra ver”: a letra da abertura do programa foi escrita por José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni.
A abertura
E, então, a primeira abertura do Fantástico, em preto e branco, foi reexibida, cantada na voz da eterna Vanusa, que nos deixou recentemente com Alzheimer.
Bem que poderiam ter recriado também a abertura icônica da primeira fase do programa em cores, pra gente ver como o corpo de baile, os figurinos e o colorido foram pensados na época.
Mas isso seria apenas um detalhe porque a primeira reportagem dos 50 anos do Fantástico foi digna do nome programa: fantástica. Coisa de prêmio.
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