Indígenas vão à ONU após marco temporal avançar no Congresso
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e a Conectas denunciaram às Nações Unidas (ONU) que os povos indígenas do país estão sofrendo violência. A denúncia cita principalmente o avanço do marco temporal.
Pedimos também atenção internacional para que as autoridades brasileiras rejeitem a tese do marco temporal, que perpetua práticas racistas pelo Estado”, escreveram na carta.
Além da denúncia sobre o avanço do marco temporal, a APIB e a Conectas também informaram que o povo Guarani Mbya, da terra indígena do Jaraguá, em São Paulo, foi violentamente reprimido enquanto faziam um ato contra o projeto.
Segundo a carta, a polícia usou jatos d’água, bombas de gás lacrimogêneo e tiros de bala de borracha contra os indígenas. Além disso, também citaram que bombas de efeito moral teriam sido disparadas contra escolas da comunidade.
“Solicitamos que a comunidade internacional inste o Estado brasileiro a responsabilizar os agentes envolvidos na repressão ao povo Guarani Mbya, a reparar danos individuais e coletivos e a desenvolver um protocolo de atuação das forças policiais com relação aos povos indígenas e seus territórios”, escreveram.
O episódio ocorreu em maio deste ano, quando os indígenas bloquearam a Rodovia dos Bandeirantes e foram dispersados pela Polícia Militar.