O ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o ex-presidente da UEFA, Michel Platini, serão julgados em junho para enfrentar acusações de corrupção suíça sobre um pagamento de US$ 2 milhões (pouco mais de 9 milhões e 300 mil reais) que o órgão máximo do futebol mundial fez a Platini, anunciou o tribunal nesta terça-feira.
Tanto Blatter quanto Platini negaram repetidamente irregularidades no passado sobre o incidente, pelo qual promotores suíços os indiciaram em novembro
O caso se concentra no pedido por escrito de Platini à FIFA em janeiro de 2011 para receber um salário adicional retroativo por trabalhar como conselheiro presidencial no primeiro mandato de Blatter, de 1998 a 2002.
Blatter autorizou a FIFA a fazer o pagamento em semanas. Na época, ele se preparava para fazer campanha pela reeleição contra Mohamed bin Hammam, do Catar, e a influência de Platini no voto europeu foi um fator-chave.
Os promotores alegam que Blatter providenciou indevidamente o pagamento a Platini, em 2011, por trabalho de consultoria. Blatter e Platini disseram que o pagamento era referente ao salário retroativo.
Ambos são suspeitos de fraude e outras acusações em meio ao que se tornou parte do maior escândalo de corrupção que abalou a FIFA.
O caso de setembro de 2015 demitiu Blatter antes do previsto como presidente da FIFA e encerrou a campanha do então presidente da UEFA, Platini, para suceder seu ex-mentor.
Blatter, que liderou a FIFA por 17 anos, renunciou em 2015, seguido por Platini em 2016. Ambos foram suspensos por seis anos por violações de ética.
O julgamento perante o Tribunal Penal Federal Suíço deve começar em 8 de junho e durar até 22 de junho, informou o tribunal em seu site
