Em resposta a Lula, grupo israelita posta foto de vítimas do Hamas.
A Federação Israelita do Estado de São Paulo se manifestou nas redes sociais depois da declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a chegada dos 32 repatriados (22 brasileiros e 10 familiares palestinos) que estavam na Faixa de Gaza. Na recepção do grupo em Brasília na noite de 2ª feira (13.nov.2023), o chefe do Executivo afirmou que não deixará “nenhum brasileiro para trás” nas zonas de conflito. Em resposta, a organização compartilhou em seu perfil no Instagram fotos dos brasileiros que foram mortos durante o ataque do grupo Hamas em 7 de outubro. “É crucial lembrar daqueles que já ficaram para trás, vítimas do ataque terrorista de 7 de outubro. Essas histórias precisam ser lembradas”, diz a publicação desta 3ª feira (14.nov.2023).
No post, são exibidas fotos de Bruna Valeanu, Ranani Glazer e Karla Stelzer, mortos durante uma festa rave próxima à Faixa de Gaza atacada pelo Hamas. A publicação também mostra uma foto de Celeste Fishbein, filha e neta de brasileiros, também morta na ação do grupo extremista. No entanto, diferente do que afirma a publicação, ela não tinha cidadania brasileira.
As 32 pessoas que desembarcaram em Brasília estavam na 1ª lista de autorizados a cruzar a fronteira com o Egito para sair de Gaza. O presidente Lula articula a permissão de um 2º grupo para não “deixar nenhum brasileiro ficar lá”. Entretanto, a Federação Israelita considerou que o governo deixou as 4 vítimas para trás.
“A gente vai tentar fazer todo esforço que estiver ao alcance da diplomacia brasileira para tentar trazer os brasileiros que lá estão e que querem voltar ao Brasil. […] Enquanto tiver a possibilidade de tirarmos uma pessoa, nem que seja uma só pessoa da Faixa de Gaza, nós estaremos à disposição para mandar buscar as pessoas. Nós não vamos deixar nenhum brasileiro ficar lá”, afirmou Lula, ao receber os repatriados na 2ª (13.nov).