Goiás

CARLOS NATHAN | Onda de calor em Goiás exige atenção extra à umidade do ar e cuidados na saúde

Médico fala sobre precauções que devem ser tomadas, principalmente em Goiás, onde cidades registraram altas temperaturas

 

A umidade do ar é um fator ambiental que pode trazer impactos significativos na saúde humana e, a falta dela, em casos como este, em que uma onda de calor atinge o Brasil, pode causar graves lesões. Quem confirma é o médico intensivista dr José Israel Sanchez Robles. O especialista alerta que a baixa umidade do ar afeta não apenas o conforto pessoal, mas também várias funções fisiológicas e a propagação de patógenos.

 

“Em condições de baixa umidade, caracterizadas por um ar mais seco, observa-se um aumento significativo no risco de diversos problemas de saúde. O ressecamento da pele e das membranas mucosas é uma das consequências mais notáveis, tornando-as mais propensas a fissuras e infecções. Além disso, esse ambiente pode irritar as vias respiratórias, agravando quadros de doenças respiratórias, como asma e bronquite. Outra questão preocupante é o impacto sobre a saúde ocular: a baixa umidade pode causar o ressecamento dos olhos, resultando em desconforto e irritação. É fundamental que a população esteja ciente desses riscos e adote medidas preventivas apropriadas para mitigar os efeitos do ar seco na saúde.”, pontua o médico.

 

“Pesquisas recentes têm demonstrado que ambientes com baixa umidade, caracterizados por ar seco, proporcionam condições mais favoráveis para a disseminação de vírus respiratórios, incluindo o vírus da gripe.” O Dr. José Israel Sanchez Robles, destacando esse fato, acrescenta que esse fenômeno ocorre devido ao ressecamento das mucosas. Quando ressecadas, “as mucosas tornam-se menos eficientes na captura de partículas e microrganismos, o que facilita a entrada e a propagação de agentes patogênicos no organismo humano.”.

 

O médico aproveita para ressaltar que, mesmo que não seja o caso de Goiás e região, lugares com altos níveis de umidade, e que também estão passando pela onda de calor, podem dificultar o processo de evaporação do suor, tornando o ambiente percebido como mais quente do que realmente é.

 

“Ambientes com alta umidade podem ser prejudiciais à saúde. A umidade excessiva facilita o crescimento de mofo, fungos e ácaros, agravando alergias e condições respiratórias. Além disso, aumenta o risco de infecções cutâneas devido à proliferação de bactérias. Portanto, o controle efetivo da umidade é crucial para prevenir esses problemas de saúde.”, afirma o especialista.

 

José Israel ainda reforça que tanto a umidade alta quanto a baixa podem afetar os níveis de hidratação do corpo, embora por mecanismos diferentes. “Extremos de umidade, tanto baixa quanto alta, podem provocar sensações de fadiga e desconforto, impactando negativamente a concentração e o bem-estar geral.”

 

Vale lembrar que, em Goiás, especificamente, as temperaturas rondam entre os 36ºC e 40ºC até, provavelmente, esta sexta-feira (17), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Além disso, como citado anteriormente, a umidade do ar se mantém baixa até que as chuvas apareçam.

 

Por isso, para mitigar os efeitos da umidade, é possível e recomendável, segundo o médico, utilizar umidificadores e desumidificadores para regular os níveis de umidade em ambientes fechados, sempre tomando cuidado para não criar um ambiente propício para o crescimento de patógenos.

 

“É altamente recomendado evitar esforços físicos sob o sol, especialmente no período entre 10h e 16h, para prevenir o risco de problemas relacionados ao calor. A hidratação, por meio do consumo regular de água e outras formas de hidratação, é essencial nesse contexto. Adicionalmente, manter um nível de umidade apropriado em ambientes internos contribui significativamente para criar um espaço mais saudável e confortável”, conclui o especialista.


Foto: Carlos Nathan Sampaio

Redação GOYAZ

Redação: Telefone (62) 3093-8270

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