Goiânia

Manejo de peixes garante sobrevivência de espécies em parques de Goiânia

Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) alerta que introdução de peixes exóticos e clandestinos pela população pode resultar no fim dos lagos em parques

As placas nos 25 parques públicos de Goiânia que possuem lago já alertam a proibição de nadar e pescar, com base na legislação do Plano Diretor de Goiânia, instituído pela Lei Complementar Municipal 349/2022 e pelo Decreto Federal 6514/2008. Contudo, ao longo dos anos, uma prática popular coloca em risco a permanência dos lagos na capital, como vem ocorrendo no Parque Licardino Ney no Jardim Balneário Meia Ponte. No espaço, peixes exóticos foram introduzidos com o intuito de pescas futuras pela população, ameaçando a existência de peixes nativos e o meio ambiente do parque.

Técnicos da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), com auxílio de um especialista em ictiofauna, identificaram um protozoário nos peixes do lago. Os animais são exóticos e foram introduzidos pela população de maneira clandestina. Mais de 100 tilápias saudáveis foram retiradas no dia e destinadas ao Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Já os animais que permaneceram no lago receberam tratamento durante toda a semana e, nesta quinta-feira (1º/7), foi finalizada a primeira etapa. Assim que estiverem saudáveis e prontos para o manejo, será realizada a retirada.

A maioria dos peixes exóticos introduzidos no local pertence à bacia hidrográfica amazônica. Já o lago deverá receber no futuro peixes pertencentes à bacia hidrográfica do Rio Meia Ponte, ou seja, peixes nativos da bacia hidrográfica do lago, sendo monitorados pela Amma. A Amma orienta que é proibido à população realizar solturas de animais nos parques da cidade, e que a ação pode provocar dano ambiental, apesar de não haver relatos recentes da infração na capital.

Além do Parque Licardino Ney, todos os 25 lagos em parques de Goiânia são monitorados pelo órgão ambiental. O manejo das espécies é indicado apenas quando há realmente riscos ao meio ambiente. Além da ação da Amma, relatórios técnicos do órgão serão encaminhados para a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), com o objetivo de instauração de inquérito policial, uma vez que houve relatos de possíveis tentativas de torneios de pesca em parques da região.

Redação GOYAZ

Redação: Telefone (62) 3093-8270

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