Goiás

Aproximadamente 1,5 mil centro-oestinas vão receber o diagnóstico de câncer de colo do útero em 2024

evantamento realizado pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) na base de estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em alusão à campanha "Setembro em Flor", aponta que 1.440 mulheres dos quatro estados da região Centro-Oeste vão ser acometidas esse ano por câncer de colo do útero, doença causada pela infecção pelo HPV e que pode ser prevenida com vacina disponível no SUS. Somando com os outros dois mais comuns tipos de câncer ginecológico - ovário e corpo do útero (endométrio) - são previstos 2.490 novos casos no ano

O câncer de colo do útero é o mais comum entre os tumores ginecológicos, tendo como causa as infecções pelo papilomavírus humano (HPV), em especial dos tipos 16 e 18, para os quais há vacina disponível, gratuitamente, no Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar disso, seguem elevadas as taxas de incidência (número absoluto de novos casos) e prevalência (número de casos para cada 100 mil pessoas) entre as mulheres dos quatro estados da região centro-oeste. A estimativa é que 1.440 centro-oestinas tenham recebido o diagnóstico de câncer de colo do útero até o final de 2024.

A maior prevalência de câncer de colo uterino é observada no Mato Grosso do Sul, com 17,73 casos para cada 100 mil Sul-mato-grossenses. A mais baixa é observada em Goiás, com 9,12 casos para cada 100 mil. Em relação à incidência, o maior número é registrado em Goiás, com 660 casos. O menor número de incidência é registrado no Mato Grosso, com 220 casos. O levantamento, que foi feito pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) na base de estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), é um alerta alusivo à campanha Setembro em Flor, de conscientização sobre câncer ginecológico.

“Os dados epidemiológicos recentes revelam taxas preocupantes de incidência de tumores ginecológicos, que refletem não apenas na prevalência da doença, mas também a necessidade de uma abordagem mais sólida e integrada para a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento. É essencial investir em programas de educação em saúde, rastreamento regular e acesso a serviços médicos especializados na região, para que possamos reduzir a carga dessa doença e oferecer um futuro mais saudável para as mulheres”, ressalta Daniele Assad Suzuki, diretora de Ensino do Grupo EVA e oncologista clínica do Hospital Sírio Libanês-Brasília.

Somando a incidência de câncer de colo do útero com os outros dois tipos mais comuns de cânceres ginecológicos (corpo do útero/endométrio e ovário), são esperados 2.490 novos casos em 2024 entre as centro-oestinas. O Distrito Federal registra a maior prevalência de câncer de endométrio (6,63 casos para cada 100 mil) e de câncer de ovário (6,65 casos para cada 100 mil).

Em todo o país, o câncer ginecológico é um dos mais incidentes nas mulheres, sendo que os três órgãos do sistema reprodutor feminino mais acometidos por tumores malignos somam 32,1 mil novos casos anuais, representando 13,2% de todos os casos de câncer diagnosticados nas brasileiras. Do total de mulheres do país que recebem, anualmente, o diagnóstico de algum câncer ginecológico, a maioria apresenta tumores de colo do útero: são aproximadamente 17 mil novos casos previstos para 2024. Em seguida está o câncer de corpo do útero (endométrio) com 7.840 casos, seguido por câncer de ovário com 7.310 casos. O câncer de ovário é o tipo de tumor mais mortal entre os ginecológicos e frequentemente descoberto em estágio avançado. Outros dois tipos, câncer de vulva e vagina, também entram nesse grupo, mas para eles não há dados nacionais oficiais de novos casos por ano.

Redação GOYAZ

Redação: Telefone (62) 3093-8270

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