Governo Bolsonaro vê aumento de pressão para sair da neutralidade e condenar ação russa na Ucrânia
A escalada das tensões entre Rússia e Ucrânia aumentou a pressão sobre um posicionamento do Brasil em relação ao conflito. Membros do governo Bolsonaro relataram que a decisão do presidente russo Vladmir Putin de reconhecer a independência de regiões separatistas da Ucrânia fez com que o Brasil passasse a avaliar se posicionar pela condenação da ação russa. Até o momento, o país adotou uma postura de neutralidade, embora Bolsonaro tenha dito que é “solidário à Rússia” em visita ao país.
Membros do governo relataram que qualquer gesto russo contra a Ucrânia deve acelerar essa manifestação. Integrantes do Palácio do Planalto afirmaram que a mudança de posição vai acontecer por meio da adesão a resoluções de órgãos internacionais condenando a atuação russa.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o embaixador da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, defendeu que o governo Bolsonaro condenasse a decisão de Vladmir Putin de reconhecer as regiões separatistas e enviar tropas para esses locais. Ele disse ainda que a responsabilidade de evitar o agravamento do conflito precisa ser compartilhada por toda a comunidade internacional.
Nesta quarta-feira, a embaixada da Alemanha no Brasil se posicionou da mesma forma.