AVIAÇÃO ✈️ Viva Air chega ao Brasil com voos internacionais de baixo custo
A Viva Air, companhia aérea colombiana, fez o primeiro voo internacional de baixo custo para o Brasil nesta quinta-feira (23). A empresa quer conquistar espaço oferecendo tarifas “ultra low cost” (de baixo custo).
A companhia vai operar voos entre São Paulo e Colômbia, com conexões para os Estados Unidos, México, Peru e República Dominicana.
O “ultra low cost” é um modelo de negócios no qual as companhias aéreas baixam o custo da operação para oferecer passagens com descontos entre 25% e 40% frente aos valores de companhias tradicionais. Existe também o modelo “low cost”, que emprega descontos menores.
Mercado disputado
Atualmente, no Brasil já operam algumas companhias no modelo “low cost”. São as empresas Flybondi, JetSmart, Sky Airline e Norwegian Airlines.
A Viva Air vem para movimentar ainda mais esse mercado. Com dez anos de operação na Colômbia, a companhia desembarca no Brasil com o objetivo de consolidar a estratégia de expansão na América Latina.
Segundo o vice-presidente de operações, Francisco Lalinde, o mercado brasileiro é muito grande e tem um ótimo fluxo de passageiros nas rotas em que a companhia opera.
“Optamos por começar nossas operações no Aeroporto Internacional de São Paulo que tem um grande fluxo de passageiros e pouca concorrência no modelo de baixo custo. Entendemos que é uma aposta certeira da Viva, com grande chance de crescimento principalmente neste momento, em que todos buscam por soluções mais baratas”, diz Francisco.
Como a Viva Air reduz os custos das passagens
Para baratear o preço das passagens, a Viva Air enxuga todos os custos “adicionais” que são cobrados por outras companhias e otimiza o operacional das frotas.
Na compra de uma passagem simples da Viva, cada passageiro tem direito apenas a uma bagagem de mão.
Outros serviços como despacho de bagagens, alimentação no voo e bebidas devem ser pagos à parte.
A companhia colombiana também só trabalha com uma classe, sem diferenças como as aéreas tradicionais que oferecem econômica, executiva e primeira classe, por exemplo.
Para Francisco Lalinde, os serviços adicionais são como o cardápio de um restaurante, cada um escolhe o que quer e só paga por isso.
“A passagem mais barata é boa para todo mundo. Se um passageiro quiser mais alguma coisa, nós oferecemos, mas ele paga separado.”
Em relação ao operacional, a aérea enxuga seus custos ao trabalhar apenas com um tipo de aeronave, o modelo A320neo, da Airbus, com no máximo dois anos de funcionamento.
O vice-presidente explica que, dessa forma, os custos de manutenção são menores e o avião tem maior capacidade de operação por ser mais novo.
“A aeronave da concorrência consegue fazer entre oito e nove horas de voos por dia. Já a nossa frota chega até 13 horas diárias, o que permite uns dois voos a mais”, diz Lalinde.
Além disso, com uma única aeronave na frota, o treinamento dos pilotos, comissários e funcionários da manutenção é unificado.
Voos semanais
Inicialmente, a Viva Air irá operar três voos por semana: às terças, quintas e domingos, com saída do aeroporto de Guarulhos. A expectativa é de que os voos se tornem diários em poucos meses, a depender do aumento da demanda.
Os destinos dos voos com saída do Brasil são Miami, Punta Cana, Cancún, Cidade do México e cidades litorâneas na Colômbia como Cartagena, Santa Marta e San Andrés.