O período de estiagem tende a ser prolongado em Goiás e a Companhia Saneamento de Goiás S/A (Saneago) está intensificando ações que visam garantir segurança hídrica à população. Neste mês de julho, a empresa lançou campanhas de conscientização do consumo moderado de água tratada, para que a população contribua para evitar uma crise hídrica no Estado. E também outras iniciativas, como obras para redução de perdas, novas captações e interligações, preservação de nascentes e construção de barraginhas.
Segundo a superintendente de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Saneago, Camila Roncato, o consumo consciente dos recursos hídricos, tanto em casa como nas indústrias e no campo, deve ser estimulado o ano todo, não somente nos períodos de estiagem, devido às condições climáticas atuais.
Ela destaca que em 2022 o cenário está mais confortável que nos anos anteriores em todo o Estado, por causa da maior quantidade de chuva antes da estiagem. “No ano passado, nesta mesma época, o rio Meia Ponte estava em nível crítico 1, com vazão de 5.500 litros por segundo. Neste ano ainda estamos em nível de alerta, com vazão em 8,8 mil litros por segundo”, afirmou Camila. No entanto, reforçou, “a estiagem será prolongada e por isso o uso consciente é importante para que possamos enfrentar este período sem faltar água para ninguém”.
Obras
Segundo Camila Roncato, a Saneago possui 18 núcleos que atuam na educação ambiental, com trabalhos para conscientização de alunos nas escolas. Além da conscientização, a empresa trabalha com obras de recuperação de mananciais, que envolvem o plantio de mudas, cercamento de áreas e construção, em parceria com produtores rurais e prefeituras, de curvas de nível e barraginhas, visando dar maior permeabilidade ao solo.
Outras ações importantes da Saneago são as obras que visam a redução de perda de água tratada nas redes de distribuição. De acordo com Camila, no Brasil a média de perda de água tratada é de 40%. Em Goiás, ressalta, a média está em 27% e, em Goiânia, 18%. “A Saneago é referência nacional neste trabalho e a média de perda de água em Goiânia é a menor do Brasil entre as capitais”, afirmou.
Eventuais paralisações que ocorrerem, segundo Camila, serão devido a obras de manutenção no sistema, conforme programação da Saneago. Ela reforça, ainda, que embora o Estado não esteja em crise hídrica, o consumo moderado de água é fundamental para que todos possam ter acesso a este bem.
