ELEIÇÕES 🗳 Fato ou Fake: como funciona a urna eletrônica e quais são as principais #FAKES sobre ela
Não tem como falar em eleição sem falar em mensagem falsa – e as urnas eletrônicas são o maior alvo da desinformação durante a campanha eleitoral. Há mensagens que afirmam que as urnas não são seguras, não são auditáveis, são grampeadas, hackeadas, fraudadas – tudo #FAKE.
Por isso, a equipe do Fato ou Fakeconversou com especialistas para elencar as principais mentiras que circulam nas redes sociais sobre as urnas eletrônicas e por que elas não fazem sentido.
Esta reportagem faz parte de uma série de vídeos que o Fato ou Fake está publicando ao longo desta semana no g1 e no YouTubepara falar sobre eleições e os perigos da desinformação.
#FAKE: A urna pode ser hackeada ou corrompida com programas pela internet
Várias mensagens que circulam nas redes sociais dão a entender que, assim como um hacker pode invadir a conta bancária de uma pessoa e roubar o dinheiro, ele também poderia invadir a urna eletrônica e alterar os votos das eleições. Isso é #FAKE.
“As urnas eletrônicas não são conectadas na internet. O equipamento sequer tem essa possibilidade. A urna, os votos são computados em um flash card. (…) Não tem como inserir nada. Só roda o software oficial do TSE, que tem os nomes e números dos candidatos e que, portanto, recebe o voto do eleitor”, explica Vitor Marchetti, cientista político e professor da Universidade Federal do ABC (UFABC).
#FAKE: A urna pode ser hackeada ou corrompida com programas pela internet — Foto: Reprodução/EPTV
Marchetti ainda explica que existe uma série de passos no dia da votação que garante que o processo seja seguro.
“Antes de abrir a sessão eleitoral, imprime-se uma folha pra mostrar que a urna está vazia, que não tem voto nenhum para ninguém e que ninguém conseguiu alterar a urna”, diz o professor. “Depois, cada pessoa vai votando e, ao final da votação, imprime-se o boletim de urna, que tem os dados daquela urna.”
“As informações da urna são passadas pra uma central do TRE, que envia essas infos para o TSE por uma intranet, um sistema de transmissão desses votos pra que eles sejam computados pelo TSE no Brasil todo. O que o TSE faz é computar os votos de cada uma dessas urnas, e cada urna é um equipamento isolado, eles não têm conexão entre si“, diz Marchetti.
“Se alterar algo nesse processo, vai ser identificado, porque você pode confirmar os votos de cada urna e tem que bater. É possível checar, é possível auditar os votos. Inclusive, esses boletins de urna ficam disponíveis no site do TSE”, afirma Marchetti.
#FAKE: A apuração dos votos acontece em uma sala secreta do TSE