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DEBATE 📺: veja as estratégias de Lula, Bolsonaro, Ciro e Tebet para o último embate do 1º turno

Petista quer usar debate para impulsionar chance de vencer a eleição já no próximo domingo

Com as pesquisas de intenção de voto apresentando um cenário incerto sobre a realização de um segundo turno, o debate de hoje à noite na TV Globo ganhou ainda mais importância para as campanas de Lula (PT) e Bolsonaro (PL). O confronto direto entre os candidatos à Presidência será a partir das 22h30m e, pela grande audiência e capilaridade nacional que alcança, é visto como a última grande chance de alterar tendências da disputa.

Líder nas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Lula não marcou compromissos ontem nem hoje pela manhã para manter o foco na preparação para o debate. Além de estudar as questões que deve ser obrigado a responder sobre temas como corrupção, o candidato, precisa poupar a voz, que costuma fica rouca em muitos momentos durante a campanha.

O debate da Globo é considerado pelos petistas como fundamental para as pretensões do ex-presidente de vencer a eleição no primeiro turno. Coordenadores da campanha avaliam que Lula não pode repetir o desempenho do debate da Band, em agosto, quando ele não deu resposta convincente quando foi questionado sobre corrupção pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Artilharia
A estratégia é que Lula tenha na ponta da língua argumentos para rechaçar as acusações como a que costuma ser repetida por Bolsonaro de que ele não teria sido absolvido na Lava-Jato. Se o tema for colocado no debate, informa a colunista do GLOBO Bela Megale, o petista listará processos nos quais houve decisão judicial de absolvê-lo. O principal deles, na avaliação de conselheiros jurídicos da campanha, é o chamado “quadrilhão do PT”.

Em 2019, a Justiça Federal de Brasília absolveu os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff do delito de organização criminosa. O magistrado alegou que a denúncia contra os petistas feita pelo Ministério Público Federal era “tentativa de criminalizar a atividade política”. A tônica é argumentar que Lula só teria sido condenado em ações conduzidas por um juiz parcial, em referência a Sergio Moro.

O ex-presidente também está sendo abastecido com dados para abrir artilharia contra Bolsonaro. Além de apontar os decretos de sigilo impostos pelo governo atual e intervenções que impedem o avanço de investigações de casos de corrupção, o petista deve explorar a compra de imóveis com dinheiro em espécie pelo clã Bolsonaro revelada pelo site “Uol”.

Aliados de Bolsonaro consideram o debate um momento delicado e, internamente, temem que o candidato à reeleição suba excessivamente o tom dos ataques ou os mire em jornalistas, o que pode custar caro a três dias da votação. Ele tem sido aconselhado a tentar apresentar uma faceta mais equilibrada, como tentou fazer durante o debate do SBT, no último domingo. A postura contrastou com a que ele adotou durante confronto promovido pela Band, o primeiro da campanha presidencial, quando ele atacou a jornalista Vera Magalhães.

Redação GOYAZ

Redação: Telefone (62) 3093-8270

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