‘Alcolumbre, tô chegando’, diz Damares sobre candidatura ao Senado pelo Amapá
A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, disse nesta segunda-feira (21) que o estado do “coração” para ela se lançar candidata é o Amapá e provocou o ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
“No coração [estado para se lançar senadora]? Amapá! Alcolumbre, tô chegando”, disse a jornalistas, após cerimônia no Palácio do Planalto.
Como o jornal Folha de S.Paulo mostrou, líderes evangélicos passaram a trabalhar por Damares, que é pastora, no estado para tentar a vaga do senador, cujo mandato termina neste ano.
Alcolumbre é ex-aliado do governo Jair Bolsonaro, e entrou na mira dos evangélicos no ano passado, quando atuou contra a sabatina do hoje ministro do STF (Supremo Tribunal federal) André Mendonça.
Chamado pelo presidente de “terrivelmente evangélico”, Mendonça foi indicado por Bolsonaro à vaga, mas Alcolumbre, presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, segurou por quase cinco meses a análise do nome.
A ministra disse que pode ser candidata por seis estados: Roraima, Amapá, Sergipe, São Paulo e outros dois que ela não se lembra.
“Gostaria de sair candidata pelos seis, ter seis cadeiras, seis gabinetes, mas, como não posso, estou orando para saber se eu serei e [por] qual estado”, disse, pouco antes de admitir a preferência pelo Amapá.
Após a saída de Abraham Weintraub (Educação), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Ricardo Salles (Meio Ambiente), Damares Alves se tornou o bastião do conservadorismo ideológico no governo Bolsonaro.
Suas falas e posições contra identidade de gênero, em defesa da família, entre outros assuntos, são ainda apontadas como um elemento de coesão entre o governo e seus militantes, após as mudanças nos ministérios, em particular a chegada do centrão a pasta estratégicas do Executivo.
A declaração da ministra nesta segunda ocorreu após cerimônia de lançamento do programa Agenda Brasil Para Todos, realizado em parceria com a Secretaria de Governo.