Quem visitar o Palácio Maguito Vilela até o dia 6 de setembro vai se encontrar com parte da história de Goiânia, logo na entrada do prédio. Pelo olhar de 22 artistas diferentes, uma mostra no hall principal da Casa, traz, em quadros, todos os monumentos tombados pelo Iphan, em 2003.
Estão retratados nas telas prédios como o Teatro Goiânia, o Palácio das Esmeraldas, o Grande Hotel, o Museu Pedro Ludovico e, ainda, monumentos como a mureta do Lago das Rosas e a Torre do Relógio da avenida Goiás. Alessandra Teles, Selma di Medeiros, Erasmo Gama, Isac Reis e Fernanda Porto estão entre os artistas convidados para pintarem os bens públicos tombados.
A abertura da exposição, na tarde dessa terça-feira, 22, foi prestigiada pelos artistas expositores e contou ainda com show do Quarteto de Jazz, formado por alunos da Escola Basileu França e da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Nesta quinta-feira a Alego ainda sedia uma audiência pública para debater o assunto e fazer a entrega de certificados para os dez alunos ganhadores do concurso de desenhos dos monumentos art déco.
Educação patrimonial
Participaram da competição, estudantes do ensino fundamental de escolas particulares e públicas de Goiânia, que foram desafiados a pintar os bens tombados. Os trabalhos também serão expostos na Alego. “Esse concurso faz parte de uma das diretrizes do nosso trabalho, que é a educação patrimonial. Esse é o caminho que acreditamos ser o mais eficiente para preservarmos nosso acervo. Nós estamos batendo muito nessa tecla”, diz o coordenador do Goiânia Art Déco Festival, Gutto Lemes.
A realização do festival este ano tem o apoio do deputado Mauro Rubem (PT), inclusive com recursos de emendas impositivas destinadas quando ainda era vereador por Goiânia. Ele trouxe parte das atividades do evento para a Casa por entender que a arte e a cultura têm um papel fundamental na formação do ser humano. “A cultura é fundamental para o desenvolvimento de qualquer povo. Além disso, o PIB [Produto Interno Bruto] da cultura é mais consistente do que o do agronegócio, distribui mais renda. E todas as ações para promoção da arte e da cultura que estiverem ao nosso alcance, nós vamos investir. E esse é um projeto acordado com a atual Mesa Diretora, com o presidente Bruno Peixoto.”
Além da Assembleia, a sexta edição do Goiania Art Déco Festival também realiza atividades em outros pontos da cidade, especialmente na região central. Os debates e audiências acontecem no Instituto Federal de Goiás (IFG) até esta quinta-feira, 24. Mais uma série de atividades está sendo realizada em diversos pontos, como o Centro Cultural Marieta Teles Machado, o Museu Zoroastro Artiaga, bares, restaurantes e livrarias.
