ARGENTINA 🇦🇷 Brasileiro é perseguido e agredido na Argentina após atentado a Cristina Kirchner
Na manhã desta sexta-feira (2), o graduando de medicina da Universidade Nacional de La Plata (UNLP), capital da província de Buenos Aires, Leo Souza (30), denunciou ter sido agredido e xingado em um açougue argentino.
Segundo o estudante, ao tentar comprar frango no estabelecimento, o dono do lugar o cuspiu e o chamou de “lixo” e “sujo” e disse que na Argentina ele “não teria direitos”, porque lá não é seu país. O ataque acontece um dia após a tentativa de atentado cometido por um brasileiro contra a vice-presidente Cristina Kirchner.
De acordo com a transcrição da denúncia prestada à Nona delegacia de Polícia de La Plata, o argentino ainda ameaçou bater no estudante caso este volte ao açougue que costumava frequentar todos os dias.
Leo Souza é paraibano e formado em matemática no Brasil, já fez mestrado no Peru e doutorado na Universidade de Granada, na Espanha. De volta ao país, decidiu cursar medicina na Argentina. “Até então levo muito bem a graduação aqui. Em relação a isso está tudo certo, venho aprendendo mais a cada dia”, diz o estudante.
Segundo o graduando, a discussão começou após ele pedir 3kg de frango, que custaria 2.100 pesos. O comerciante colocou um pouco mais (cerca de 2.220 pesos) e por não ter o valor adicional, Souza pediu para retirar um pouco do frango, o que irritou o argentino.
“A partir daí, ele começou a me agredir verbalmente, gritar, dizendo que aqui não era meu país, que eu não tinha direito de reclamar de nada, que no país dele eu não iria fazer isso porque eu não tinha direitos”, relata o estudante, “para evitar a confusão, eu saí”.
Ao se afastar do local, o vendedor veio ao seu encontro, lhe empurrou, cuspiu e agarrou o seu braço. “Quando fui para fora, as pessoas da fila me perguntaram o que estava acontecendo e eu relatei. Nisso, ele atravessa a bancada e vem pra cima de mim com agressões. Me empurrando, arrastando e falando que eu não era deste país, por isso não podia reclamar. Me xingou das palavras mais baixas que existem, sujo, lixo. Disse que eu não deveria estar na Argentina”, conta.