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Bolsonaro diz que pretende voltar ao Brasil ainda em março

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, neste sábado, que pretende voltar ao Brasil ainda este mês. A declaração foi dada em entrevista à emissora americana NBC, enquanto o antigo chefe do Executivo estava em Washington, capital dos Estados Unidos, para uma conferência da direita conservadora.

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Pretendo voltar esse mês ainda — disse Bolsonaro.

Nos Estados Unidos desde o final de dezembro passado, a intenção de voltar ainda este mês contraria o que próprio ex-presidente tem dito nos bastidores. Como noticiou Naira Trindade, da coluna do Lauro Jardim, Bolsonaro disse ao seu advogado criminal, Marcelo Bessa, que pretende voltar ao país apenas em abril.

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Em seguida, o repórter questionou o ex-presidente sobre sua ligação com os atos do dia 8 de janeiro, quando seus apoiadores invadiram a sede dos Três Poderes:

— Eu não era mais presidente e estava fora do Brasil — afirmou.

Dois dias após os atos golpistas, Bolsonaro compartilhou um vídeo sugerindo fraude na vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com ataques ao STF, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Por este motivo, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente foi incluído no rol de investigados do inquérito que apura a autoria intelectual das manifestações.

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Trump e joias

Bolsonaro viajou na sexta-feira para Washington para participar do evento conservador. No sábado, em um discurso dirigido a lideranças de direita, o ex-presidente brasileiro afirmou que se ainda governasse o Brasil não teria permitido que navios de guerra iranianos atracassem no Porto do Rio. Ele não comentou a notícia, publicada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, de que teria tentado trazer de forma ilegal para o Brasil um conjunto de joias avaliado em 3 milhões de euros (R$ 16,5 milhões) para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

A previsão era que os dois navios iranianos, que atracaram no terminal do Rio de Janeiro no último domingo, deixassem o local neste sábado. A permissão dada pelo governo Lula desagradou os governos dos EUA e de Israel. O assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou que foi uma decisão soberana e que o Irã não é inimigo do Brasil.

— Se eu fosse presidente, não teríamos problemas com os navios iranianos — afirmou.

Ainda no mesmo evento, o ex-presidente aemricano Donald Trump mencionou o ex-chefe de Estado brasileiro durante sua fala. Em um vídeo compartilhado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro, Trump afirmou que o ex-presidente brasileiro é um homem “muito popular na América do Sul” e “muito popular” no Brasil. Bolsonaro, que acompanhava da plateia, se levanta e é ovacionado pelos presentes.

O filho ’02’ também é citado pelo republicano, a quem Trump chama de amigo. O americano ainda diz à plateia que o parlamentar acaba de ser reeleito na Câmara dos Deputados brasileira.

Redação GOYAZ

Redação: Telefone (62) 3093-8270

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