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BRASIL 🇧🇷 Bolsonarista, bancada evangélica agora quer ‘paz e harmonia’ com Lula

O candidato a chefiar a Frente Parlamentar Evangélica do Congresso e vice-líder do governo de Jair Bolsonaro (PL), senador Carlos Viana (PL-MG), fez um aceno ao governo Lula.

Segundo informações da coluna do jornalista Rodrigo Rangel, no Metrópoles, o parlamentar defende uma relação de paz e harmonia com o presidente eleito.

Eleito no segundo turno das eleições 2022, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está a 7 dias de tomar posse como presidente, a cerimônia acontece no dia 1º de janeiro. O tom de conciliador também é defendido por outros candidatos a presidir a frente evangélica, uma das mais fortes do parlamento brasileiro.

Viana afirmou ao jornalista Rodrigo Rangel, que “não é hora de a gente incentivar mais a divisão no país. O novo governo precisa governar”. Ele já chegou a se reunir duas vezes com interlocutores do governo do PT, em encontros de aproximação.

O parlamentar impôs uma condição para que ele classifica como “paz e harmonia”, desde que o governo não tente articular pautas de costumes que possam desagradar à bancada evangélica, como a legalização das drogas ou do aborto, a relação será tranquila.

“Deixamos para o novo governo quais são os limites da boa convivência. Respeitando os nossos posicionamentos, não trazendo as questões de comportamento que para nós são caras, haverá paz. Se insistirem com pautas de costumes, nós vamos para a guerra”, disse ao colunista do Metrópoles.

Mesmo com forte ligação de evangélicos com Bolsonaro no desenrolar de sua campanha, o cenário parece ter mudado após a derrota do atual presidente nas urnas. Em busca de um maior diálogo com o governo eleito, as lideranças têm dado sinais de aproximação e buscam um diálogo mais próximo com Lula.

A bancada evangélica, além do senador Viana, três outros deputados colocaram seus nomes para a disputa do comando da bancada, são eles: Silas Câmara, do Republicanos do Amazonas, Eli Borges, do PL do Tocantins, e Otoni de Paula, do MDB do Rio de Janeiro.

Bolsonarismo radical derrete com vitória de Lula?

Os bolsonaristas radicais, como o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), tem afirmado que farão durante o governo Lula uma oposição propositiva. O gesto sinaliza uma mudança para quem já figurou nos inquéritos do STF (Supremo Tribunal Federal) por ações antidemocráticas apoiadas pelo atual presidente.

Sobre o assunto, o parlamentar afirmou que sua “oposição ao governo eleito, mas uma oposição respeitosa. No que for bom para o Brasil, vamos votar a favor, até porque meu partido é da base do governo. (…) E enquanto presidente da frente, obviamente que eu não tenho pretensão nenhuma de usá-la como veículo de oposição ao presidente ou ao próximo governo”, afirmou à coluna do Metrópoles.

Outro parlamentar, Eli Borges (PL-TO) que também pertence a bancada evangélica, afirmou que a bancada precisa de equilíbrio para manter uma relação respeitosa com o novo governo, sem que possa “perder o foco da defesa do objetivo maior da frente parlamentar evangélica”.

Redação GOYAZ

Redação: Telefone (62) 3093-8270

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