BRASIL 🇧🇷 Documentos enviados por Damares Alves não comprovam abuso contra crianças, diz jornal
Os documentos que a ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos), forneceu para garantir a veracidade de denúncias que fez sobre violência sexual cometidas contra crianças da Ilha de Marajó, no Pará, não contêm registro do caso.
O jornal O Estado de S. Paulo analisou 2.093 páginas dos relatórios de três CPIs entregues pela assessoria da própria Damares como prova da denúncia. Porém, os fatos que ela diz terem ocorrido não foram encontrados.
Na última semana, a senadora eleita pelo Distrito Federal afirmou, durante um culto religioso em Goiânia, que crianças estavam tendo os dentes arrancados “para não morderem na hora do sexo oral”.
De acordo com documentos analisados pelo jornal O Estado de S. Paulo, nenhum documento enviado por Damares, até agora, confirmou suas alegações.
Na terça-feira (11), a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) determinou que o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos informe detalhadamente, em até três dias, todos os casos de denúncias recebidas pela pasta desde 2016 que envolvem tráfico de crianças e estupro de vulneráveis.
No mesmo dia, a PGR (Procuradoria-Geral da República) recebeu um pedido de investigação sobre possível prevaricação da ex-ministra.