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BRASIL 🇧🇷 Estabilidade mostra que misoginia e machismo não tocam eleitores de Bolsonaro

A pesquisa Datafolha, divulgada na noite da última quinta-feira (1º), mostrou estabilidade do presidente Jair Bolsonaro (PL), estacionado com 32% de intenções de voto.

O dado contraria previsões de que a postura do presidente da República no debate da TV Bandeirantes, ao atacar a jornalista Vera Magalhães e também a candidata do MDB, Simone Tebet. Parte dos analistas esperava que ao partir para cima de mulheres, Bolsonaro perderia apoio e poderia espantar brasileiros com uma postura misógina e machista.

Misoginia nada mais é do que o ódio ou a aversão às mulheres. No entanto, este aspecto já está na conta quando o assunto é Jair Bolsonaro.

O episódio no debate não foi a primeira manifestação machista do presidente da República. Todos conhecem episódios de ataques às mulheres por parte de Bolsonaro, como na ocasião em que disse que a quinta filha, Laura, nasceu após uma “fraquejada”. Ou também o voto do então deputado a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, quando fez questão de homenagear o torturador da petista. Houve a vez em que o presidente, já no cargo, ofendeu a jornalista Patrícia Campos Mello, ao dizer que a repórter “quis dar o furo”, imputando uma conotação sexual ao ofício da profissional.

Em 2018, parte dos eleitores poderiam falar em desconhecimento, mas, com Jair Bolsonaro no cargo de presidente e com muito mais exposição, é difícil encontrar quem não saiba das tendências truculentas contra mulheres.

Os casos de ataques de Bolsonaro contra mulheres são amplamente conhecidos e facilmente listáveis. Quem vota no presidente hoje já sabe que esse ponto está no pacote – e é por isso, também, que Jair Bolsonaro encontra dificuldade para conquistar votos entre as mulheres.

O Datafolha reforça uma vez mais a vantagem de Lula entre eleitoras do sexo feminino: 48% x 28%. Em relação ao levantamento anterior, a vantagem aumentou dois pontos percentuais, era de 18 pontos e chegou a 20 – variação dentro da margem de erro.

Mesmo entre as mulheres eleitoras de Bolsonaro, ataques machistas também já são esperados, e pouco importam. Em duas semanas, a variação do presidente entre mulheres foi de apenas um ponto, dentro da margem de erro. Nem todas as eleitoras levam esse aspecto em conta.

Entre os homens, Bolsonaro cresceu dois pontos. Ainda que a variação esteja dentro da margem de erro, os dados apontam que casos envolvendo ataques do presidente contra mulheres não impede que Jair Bolsonaro receba ainda mais apoio de parte do eleitorado masculino. Neste caso, o machismo é, também, um objeto de identificação para alguns.

Redação GOYAZ

Redação: Telefone (62) 3093-8270

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