BRASIL 🇧🇷 Os donos do poder: Lula, Bolsonaro e a distância entre nós
A cada ciclo político os donos do poder se organizam para que possam seguir governando e legislando para si. Essa elite comanda e dirige mantendo uma distância entre o centro do poder e os governados. A nação serve para suprir seus interesses e vontades. Esse é o Brasil desde Dom Pedro. Continua sendo o Brasil de Lula e Bolsonaro.
Bem que poderia ser uma obra de ficção mas nada mais é que o país de 2022 em que os homens, unicamente atentos a seus interesses, dispensam os seus olhares sobre o interesse geral. Concentrados em seu bem-estar esses homens dão o nome de honestas apenas às ações que lhes são pessoalmente úteis. Corrupção existiu no seu governo, não no meu.
O debate do fim de semana mostrou que 79% dos eleitores estão decididos em quem votar para presidente e, infelizmente, diante das opções que temos e da impossibilidade uma terceira via se estabelecer — falei sobre isso num vídeo do Yahoo —, estamos fadados ao continuísmo de uma disputa de poder em que o Estado serve aos interesses do rei.
Bolsonaro e Lula, nas chances que tiveram de exposição midiática nas últimas semanas, demonstraram apenas inaptidão para governar o país. Acuados com questionamentos sobre a exposição que tiveram em seus governos, chamaram setores fundamentais de economia brasileira de fascistas e direitistas e não resistiram aos impulsos da misoginia.
Os ataques são mais preponderantes do que debates para soluções de um país completamente devastado por corrupção, pela pandemia, pela inflação e por mandos e desmandos de quem se interessa, não mais somente pelo dinheiro, mas pelo poder.
Lula é um democrata que comandou um assalto aos cofres públicos do país e hoje volta querendo ser, novamente, o salvador da pátria. Como se fosse o maior santo da história desse país.