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Chefe do FNDE diz que pastor fez ‘insinuações’ de propina: ‘Me ajude que eu te ajudo’

Chefe do FNDE diz que pastor fez ‘insinuações’ de propina

‘Me ajude que eu te ajude’, teria dito o pastor Arilton Moura

Ponte relatou à CGU encontros com Moura

O presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte, relatou a uma comissão interna da CGU (Controladoria-Geral da União) que recebeu “insinuações” do pastor Arilton Moura, suspeito de cobrar propinas de prefeitos em troca de liberação de verbas do MEC (Ministério da Educação). A informação é da TV Globo.
Segundo a emissora, o relato do Lopes da Ponte consta no relatório da Comissão de Instrução Preliminar instaurada pela CGU para apurar suposto pedido de pagamento de propina feito pelo pastor durante eventos do MEC.

À CGU, Marcelo Lopes da Ponte disse que, ao fazer as “insinuações”, o pastor nunca falou de cifras. Além disso, contou ter comunicado isso ao então ministro Milton Ribeiro e ao então secretário-executivo do ministério, Victor Godoy, que hoje ocupa o cargo de ministro, no lugar de Ribeiro.

“Que o Sr. Arilton se apresentou por meio do MEC; que o primeiro contato se deu em fevereiro de 2021, que a relação sempre foi burocrática e institucional; que as insinuações do sr. Arilton nunca trataram de números, mas sim de frases como ‘Me ajude que eu te ajudo'”, diz o texto do relatório da comissão da CGU.

Ainda de acordo com a TV Globo, o relatório da comissão da CGU afirma não há indícios de que autoridades e servidores da pasta estivessem envolvidos nas suspeitas de irregularidades.

Em relatório final da CGU, a comissão diz que a frase “me ajude que eu te ajudo” de Arilton “embora pareça ser um tanto genérica, pode, ao menos em tese, autorizar a leitura de oferta de vantagem indevida a funcionário público”, o que configuraria o crime de corrupção ativa.

O órgão concluiu que não há indícios de irregularidades cometidas por servidores do MEC/FNDE.

A Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal de Contas da União (TCU) investigam o suposto favorecimento a municípios indicados pelos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos. O ex-ministro da Educação também é investigado.

Mais cedo, a PF pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que os casos fossem unificados.

Redação GOYAZ

Redação: Telefone (62) 3093-8270

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