CIÊNCIA 🧬 Cientistas regeneram células do rim pela 1ª vez e recuperam órgão
Olha que notícia boa da medicina regenerativa! Pela primeira vez, cientistas regeneram células do rim e recuperam a função do órgão a partir de uma terapia que bloqueia uma proteína prejudicial ao funcionamento renal.
O estudo, publicado na revista científica Nature, representa um importante passo para a descoberta de tratamentos para doenças renais e insuficiência renal, que afetam milhões de pessoas ao redor do mundo.
Os cientistas utilizaram células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs, na sigla em inglês) para reprogramar as células do rim de um roedor. Em seguida, eles as transplantaram de volta para o animal, onde elas se desenvolveram e recuperaram a função renal.
A equipe também descobriu que a técnica pode ser usada para corrigir problemas genéticos específicos que levam a doenças renais.
Acessibilidade
A principal preocupação dos cientistas era encontrar uma forma de tratar a insuficiência renal de maneira mais acessível, uma vez que exige um longo período e costuma ser bastante caro.
Atualmente a única opção de tratamento efetiva para a insuficiência renal é o transplante de rim, que requer um doador disponível e pode resultar em efeitos colaterais graves, como rejeição do órgão transplantado.
“Nosso estudo é o primeiro a mostrar que é possível regenerar células funcionais do rim e restaurar sua função”, disse o chefe da equipe de pesquisa, John D. Gearhart, professor de medicina na Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.
Em seguida, o cientista acrescentou que: “Esta é uma grande conquista para a medicina regenerativa e abre novas possibilidades para o tratamento de doenças renais graves”.
Regenerando células vitais
As células-tronco pluripotentes são células extremamente versáteis que podem se transformar em qualquer tipo de célula do corpo humano. A equipe de cientistas transformou as iPSCs em células renais e, em seguida, as implantou em ratos com insuficiência renal.
Os resultados foram surpreendentes. As células implantadas se desenvolveram em estruturas semelhantes aos néfrons, as unidades funcionais do rim, e foram capazes de filtrar o sangue e equilibrar os níveis de líquidos e minerais no corpo. Além disso, as células também mostraram sinais de regeneração e reparo das células danificadas existentes no rim dos ratos.
Este é um grande passo em frente para a medicina regenerativa e pode levar a novos tratamentos para doenças renais crônicas. A equipe de cientistas está animada com os resultados e está ansiosa para continuar a avançar na pesquisa.
Gearhart afirmou que este é “é um grande avanço na compreensão de como podemos utilizar as células-tronco para tratar doenças renais crônicas. Ainda há muito trabalho a ser feito, mas estamos animados com as possibilidades para o futuro”.
O rim é um órgão vital para a saúde humana, responsável por filtrar as toxinas do sangue e equilibrar o nível de líquidos e minerais no corpo.
Infelizmente, muitas doenças, como a insuficiência renal, são progressivas e irreversíveis. Até agora, o único tratamento disponível era a diálise ou o transplante renal.