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Comitê de Taxonomia recém-criado avaliará impacto da economia brasileira no clima do país

Membro do grupo, ABDE explica que parâmetros sociais e ambientais também serão analisados para alinhar o Brasil às melhores práticas sustentáveis internacionais

Os impactos climáticos, sociais e ambientais advindos da economia brasileira farão parte de uma análise comandada pelo Comitê Interinstitucional da Taxonomia Sustentável Brasileira (CITSB), composto pelo governo federal e sociedade civil. Presidido pelo Ministério da Fazenda, o grupo foi recentemente criado pelo Decreto nº 11.961, de 22 de março de 2024, e teve a lista de membros selecionados divulgadas na última sexta-feira (7/6).

Integrante do comitê consultivo da metodologia, a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), que representa o Sistema Nacional de Fomento (SNF), esclarece que o CITSB faz parte do Plano de Ação da Taxonomia Sustentável do Brasil, que deve ser publicado até dezembro de 2024, com aplicação obrigatória a partir de 2026.

O documento visa à construção da taxonomia, que é um sistema de classificação que identifica atividades econômicas como ambientalmente sustentáveis, definindo critérios e indicadores específicos.

“A ideia é que o Brasil estabeleça uma taxonomia sustentável alinhada à fronteira das políticas de Estado já foram implementadas em locais como a União Europeia, Colômbia e Costa Rica, liderando a construção de sistemas consolidados e transparentes de mobilização do financiamento sustentável e climático”, destaca o presidente da ABDE, Celso Pansera.

Para o presidente, a taxonomia é de extrema relevância diante do atual cenário climático e da neoindustrialização brasileira, já que estimula a inovação em setores como energia renovável, agricultura sustentável e tecnologias limpas, além de incentivar o uso de tecnologias verdes ao longo das cadeias produtivas de outros setores da economia. “A economia sustentável, além de ser importante para o meio ambiente, aumenta a competitividade global do Brasil nesse momento de transição energética”, complementa.

Em relação ao setor financeiro, que inclui o SNF representado pela ABDE, a análise também vai ajudar a mitigar riscos associados a mudanças climáticas e questões sociais, orientando as instituições e proporcionando maior transparência sobre o impacto ambiental e social dos investimentos.

O SNF é considerado um ator-chave para a construção e implementação da taxonomia sustentável, já que é responsável por 45% das operações de crédito do país e o principal financiador do investimento, de projetos de longo prazo e de setores estratégicos para o desenvolvimento econômico e a transição sustentável do Brasil, como infraestrutura e Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs). Outras três organizações representarão as instituições financeiras: ANBIMA, Febraban e CNSEG.

Redação GOYAZ

Redação: Telefone (62) 3093-8270

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