Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL e aliado de Lula (PT), afirmou que o petista vai falar de economia no debate presidencial de domingo (16). Segundo ele, esse tema é um ponto fraco para Bolsonaro. “Nossa campanha, na TV e nos comícios, tenta falar de problemas que atingem a maioria das pessoas.
Os problemas não têm a ver se alguém é mais ou menos cristão, católico ou evangélico. Isso é cortina de fumaça que Bolsonaro estimula para não falar de economia, que é o grande o calcanhar de aquiles desse governo”, contou Juliano no UOL News, nesta sexta-feira (14).
Questionado sobre baixarias e mentiras divulgadas pelos dois candidatos, Juliano afirmou que não é possível igualar as duas campanhas nesse sentido. “Discordo dessa percepção que nossa campanha está recorrendo a baixarias. No nosso horário eleitoral gratuito você não vai encontrar uma mentira.
Nossa campanha levantou um vídeo real em que o Bolsonaro dizia estar disposto a comer carne humana. Isso foi dito pelo Bolsonaro. Não há uma vírgula de mentira. Nossa campanha não criou fake news”, defendeu Juliano.
O debate terá um formato diferente, em que os candidatos têm liberdade para administrar o tempo de fala.
E Juliano elogiou a proposta. “Não sei se esses candidatos já participaram de um debate com essas características, que exige um autocontrole, porque o candidato administra o tempo das respostas. Espero que eles possam administrar bem essa regra, que torna o debate mais dinâmico, mais interessante. Espero que o debate não descambe para cenas lamentáveis, como no debate da Globo, promovidas pelo padre fake e pelo próprio Bolsonaro”.
