Dólar na máxima em 10 meses, encontro de Lula e Campos Neto e o que mais move o mercado
Moeda americana avança no exterior em meio à alta dos títulos americanos; no Brasil, dólar bateu máxima desde junho
Juros altos por mais tempo segue sendo a tônica dos debates no mercado internacional, após as sinalizações contracionistas do Federal Reserve (Fed).
Essa expectativa de que as taxas sigam elevadas pelo próximo ano ou mais tem impulsionado o rendimento dos títulos americanos de mais longo prazo. Os holofotes estão especialmente sobre os títulos de 10 anos do Tesouro dos Estados Unidos, que bateu 4,566% na véspera, o maior patamar em 16 anos.
Dólar em alta
Com a maior rentabilidade dos títulos, cresce a procura por dólar. Essa demanda tem reflexo sobre os preços, com a divisa americana se valorizando no mundo. Nesta manhã, o índice Dxy, que representa a variação do dólar contra uma cesta de divisas mais negociadas do mundo, sobe pelo quinto dia seguido, indo ao maior patamar desde novembro.
A valorização do dólar no exterior também tem pressionado o preço da moeda no Brasil. Contra o real, o dólar vem de cinco pregões de alta dos últimos seis. No último pregão, a moeda encerrou cotada a R$ 4,98, no maior nível desde junho.
Nesta quarta, ao menos, o clima é um pouco mais leve, com o recuo do rendimento dos títulos de 10 anos nos Estados Unidos. Índices futuros de Nova York sinalizam um dia de alta após cinco quedas nos últimos seis pregões.
Encontro entre Lula e Roberto Campos Neto
Além dos movimentos internacionais, paira sobre o radar do investidor brasileiro o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O encontro está previsto para às 17h30.