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ECONOMIA 💰 Selic sobe para 12,75%; entenda como isso afeta o seu bolso

Aumento da Selic busca desestimular o consumo ao tornar as prestações mais caras;

Investimentos terão um maior retorno graças aos juros mais altos;

Este é o décimo aumento seguido da taxa, que estará em seu maior patamar desde fevereiro de 2017.

Após reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu elevar a taxa básica de juros brasileira, a Selic, de 11,75% para 12,75% ao ano. Este é o décimo aumento seguido da taxa desde janeiro de 2021, quando ela era de apenas 2% ao ano. Com isso, ela está em seu maior patamar desde fevereiro de 2017, quando era de 12,25%.

O aumento não vem como uma surpresa para analistas financeiros. Em encontro anterior, o Copom já havia afirmado que estava preparando um novo aumento na taxa. De acordo com Gilberto Braga, professor de economia da Ibmec, em ano eleitoral o governo não pode implementar grandes mudanças na política econômica. Logo, a alteração da taxa de juros é “a grande e única ferramenta disponível para desestimular o consumo e poder dar atratividade aos títulos públicos”

Aumento da Selic vem para tentar controlar a inflação

A Selic é conhecida como a taxa básica de juros da economia justamente porque ela é utilizada para calcular as demais taxas em toda economia. De acordo com André Braz, economista da FGV/IBRE, é através dela que a autoridade monetária tenta levar a inflação para a meta, que este ano é de 3,5%. “Nossas estimativas, no entanto, apontam que este ano a inflação no Brasil feche o ano a 8%”, afirmou Braz.

De acordo com os economistas, ao elevar a Selic, o governo quer desestimular o consumo, tanto por parte das famílias quanto pelas indústrias. “Para a indústria a captação de recursos para a atividade produtiva fica mais cara. Se for necessário um dinheiro emprestado ela poderá realizar essa captação no mercado, mas acabará pagando um juros mais alto”, disse Braz. “Então todo investimento industrial para expandir a produção fica para um outro momento.”

Ao desestimular o consumo, a ideia é esfriar a demanda e reduzir a velocidade com a qual os preços crescem. No entanto, “isso chega até a limitar o crescimento e a expansão econômica”, alertou Gilberto Braga. De acordo com o economista, a economia brasileira “se dá através do crédito e do endividamento. A elevação da taxa de juros dificulta que as pessoas mantenham o mesmo ritmo de consumo”.

“Um país só consegue crescer, gerar emprego e renda se as famílias estiverem consumindo. É o motor da economia”, concordou Braz.

O que isso significa para o consumidor

Para o consumidor, o sinal é claro: espere e gaste depois. Ambos economistas afirmaram que este é o momento errado para se pensar em gastos grandes, seja um automóvel, viagem, ou até mesmo eletrodomésticos. “Taxa de juros mais caras dificultam, pelo custo mais elevado das prestações, que as famílias mantenham o padrão de consumo”, disse Braga.

Por outro lado, a elevação da taxa de juros pode ser uma boa notícia para as famílias que possuem um pouco de renda sobrando no fim do mês para investir. “Todo esforço de poupança que uma família fizer terá uma remuneração maior. A renúncia pelo consumo, dado que os juros estão mais altos, é compensada por uma remuneração maior do dinheiro investido”, afirmou André Braz.

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Redação GOYAZ

Redação: Telefone (62) 3093-8270

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