Educação de Goiânia é modelo na recuperação das aprendizagens pós-pandemia, aponta Universidade Federal de Juiz de Fora (MG)
A Educação de Goiânia é modelo na recuperação das aprendizagens dos estudantes no contexto pós-pandemia, segundo estudo técnico realizado pelo Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), de Minas Gerais, divulgado nesta semana.
O sistema de avaliação, que acompanha as redes de ensino das principais cidades brasileiras, apontou que Goiânia conseguiu, no contexto pandêmico, obter resultados positivos com o Programa de Recomposição, Recuperação e Aprofundamento das Aprendizagens, implementado pela Prefeitura de Goiânia no início da gestão.
Dados do CAEd apontam que Goiânia conseguiu garantir a adesão em mais de 80% dos estudantes dos 1º, 4º e 8º nas avaliações somativas realizadas em dezembro de 2022. A maioria dos municípios avaliados apresentou um percentual de participação inferior a 70%. Outro resultado positivo diz respeito à proficiência dos estudantes nos componentes curriculares básicos.
As avaliações do CAEd apontam que o ensino de Língua Portuguesa se manteve estável, e que houve melhora nas avaliações de matemática. Os resultados, segundo o secretário municipal de Educação da capital, Wellington Bessa, reforçam que a rede conseguiu retomar, com efetividade, os processos de aprendizagem no contexto pós-pandemia.
“Os resultados são animadores e evidenciam que as diversas ações, de natureza pedagógica e administrativa, têm impactado positivamente o ensino dos estudantes, sobretudo o Programa de Recomposição, Recuperação e Aprofundamento das Aprendizagens, que foi implementado na atual gestão após mais de dois anos de ensino remoto”, explica Bessa.
A melhoria do processo de ensino-aprendizagem já havia sido identificada pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), principal parâmetro que avalia a qualidade da educação do país. Nos resultados divulgados em setembro do ano passado, Goiânia saltou de 9º para 4º melhor Ideb entre as capitais brasileiras, nos anos iniciais do ensino fundamental.
“Os investimentos realizados pela atual gestão estão transformando o ensino público municipal”, pontua o prefeito Rogério Cruz. “No início de 2021, encontramos um cenário onde apenas 23% dos estudantes acessavam a plataforma de ensino adotada na pandemia. Com isso, imediatamente, iniciamos série de programas para recuperar as aprendizagens dos estudantes”, acrescenta.
Com o retorno das aulas presenciais, a Prefeitura de Goiânia reorganizou a proposta pedagógica da Rede Municipal de Ensino, direcionou professores referência para os anos iniciais e adotou uma nova Matriz Curricular — com aumento do número de aulas de Língua Portuguesa e Matemática. O município tem desenvolvido, ainda, o Documento Curricular para o Goiás Ampliado e implantou o Sistema de Avaliação Educacional de Goiânia (SAEGYN).
“Essas medidas permitem à SME mapear potencialidades ou dificuldades de aprendizagem dos estudantes e propor intervenções para melhoria da qualidade da Educação Básica de Goiânia”, explica o superintendente Pedagógico da SME,
Marcelo Ferreira.
Além disso, a Prefeitura de Goiânia ofertou materiais estruturados para todas as escolas, implementou projetos como o Aprender Sempre, Aprova Brasil, Palavra Cantada e ampliou o número de escolas integrais.
Secretaria Municipal de Educação (SME) – Prefeitura de Goiânia