Termina nesta quinta-feira (18) o prazo para pedir, junto à Justiça Eleitoral, o voto em trânsito. Ele permite que pessoas que estejam fora de seus domicílios eleitorais no dia da eleição ainda possam votar. O primeiro turno está marcado para 2 de outubro; o segundo, para 30 do mesmo mês.
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, até a última quarta-feira (17), mais de 88 mil pessoas solicitaram o voto em trânsito. Para pedi-lo, seja para o primeiro ou segundo turno, é preciso comparecer à zona eleitoral na qual está registrado com um documento com foto. Essa solicitação não pode ser feita pela internet.
Porém, não é toda cidade que é apta a receber esses votos. Somente municípios com mais de 100 mil habitantes aceitam a modalidade.
Quando se vota em trânsito dentro do próprio estado, é possível votar para todos os cargos (deputado estadual, federal, governador e presidente). Quando se está fora do estado de origem, só é permitido o voto para presidente.
“Isso acontece porque as urnas dos estados têm todos os cargos daquele estado, ou seja, não tem os candidatos da pessoa nas urnas de outro estado, mas tem o de presidente, então é o único cargo em que ela vota”, explicou Eliana Passarelli, secretária de comunicação do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), em entrevista à CNN.
Depois de fazer o pedido, não é possível desistir dele. Quem pediu o voto em trânsito e, por qualquer motivo, não comparece ao local indicado tem que justificar a ausência na eleição.
Segundo Eliana Passarelli, isso acontece porque, quando o pedido é feito, o voto da pessoa é deslocado do domicílio eleitoral para outro lugar e, por isso, não é possível reverter a mudança.
