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Emergentes: ações têm maior saída mensal de estrangeiros desde 2020

Entrada líquida total mensal de US$ 1,9 bilhão em outubro se compara a uma entrada de US$ 56,4 bilhões em setembro

Investidores estrangeiros venderam o maior valor em ações de mercados emergentes em outubro desde o início de 2020, mas os fluxos de entrada para aplicações em títulos e dívidas dessas economias mais do que compensaram esse movimento, mostraram dados de uma associação da indústria financeira.

A entrada líquida total mensal de US$ 1,9 bilhão em outubro se compara a uma entrada de US$ 56,4 bilhões em setembro e uma saída de US$ 8,1 bilhões em outubro de 2023, mostraram dados do Instituto Internacional de Finanças (IIF).

As carteiras de ações tiveram uma saída de US$ 25,5 bilhões, a maior desde março de 2020, quando houve amplo movimento de venda em meio à pandemia da Covid-19, enquanto os títulos atraíram US$ 27,4 bilhões.
Somente as ações chinesas perderam US$ 9 bilhões depois de terem registrado em setembro o maior fluxo de entrada desde pelo menos 2015, enquanto os títulos da China atraíram US$ 1,4 bilhão. Um novo impulso de estímulo do governo no final de setembro não conseguiu impressionar e um novo anúncio de estímulo em novembro também ficou aquém das expectativas.

“Apesar das medidas de flexibilização direcionadas do governo chinês, a confiança dos investidores continua baixa”, disse o economista do IIF Jonathan Fortun em um comunicado. “Essa dinâmica provocou mudanças substanciais no mercado, onde as preocupações com o crescimento e a incerteza regulatória continuam a deter o investimento estrangeiro na China.”

Conforme os mercados se posicionavam para a eleição presidencial dos EUA no início de novembro, no final de outubro houve um movimento em direção a negócios que se beneficiariam de uma volta de Donald Trump voltasse à Casa Branca — elevando o dólar e as taxas dos EUA. “As preocupações com a força do dólar em relação às moedas de países emergentes ampliaram a aversão ao risco nos mercados acionários”, disse Fortun.

“Essa mudança está alinhada com a expectativa de que os diferenciais de rendimento e as trajetórias das taxas possam favorecer cada vez mais a dívida dos ME em detrimento das ações, à medida que a aversão ao risco aumenta globalmente.”

Regionalmente, no mês passado, a Ásia registrou uma saída líquida de US$ 6,8 bilhões, enquanto a Europa Emergente recebeu US$ 5,2 bilhões e a América Latina, US$ 3,6 bilhões. Os fluxos para a África foram marginalmente negativos.

No acumulado do ano, os estrangeiros investiram cerca de US$ 249 bilhões em termos líquidos em seus portfólios de mercados emergentes. Cerca de US$ 220 bilhões de foram para dívidas, dos quais US$ 169 bilhões foram para fora da China.

 

Redação GOYAZ

Redação: Telefone (62) 3093-8270

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