‘Escudos humanos’: por que Israel diz que Hamas guarda armas em hospitais?
Prédios residenciais danificados perto do hospital Al-Quds em Gaza
Imagem: REUTERS/Mohammed Al-Masri
Depois que o Ministério das Relações Exteriores da Turquia emitiu na segunda-feira (30) uma declaração condenando veementemente um ataque realizado por Israel contra o Hospital Oncológico da Amizade Turco-Palestino, que fica em Gaza, as Forças de Defesa de Israel (FDI) argumentaram que o grupo extremista Hamas utiliza hospitais como ‘escudo humano’ e quartel de comando —o que o Hamas nega.
“O cerco e estes ataques desumanos, que visam privar o povo palestiniano em Gaza dos seus direitos mais básicos, violam claramente o direito internacional”, acrescenta a declaração. Segundo a Convenção de Genebra, os ataques a hospitais são estritamente proibidos
Mas não é a primeira vez que um ataque israelense atinge hospitais na região. Também na segunda, áreas próximas dos hospitais Al-Shifa e Al-Quds foram atingidas. Antes disso, a explosão do hospital al-Ahli Arab, o mais antigo de Gaza, transformou-se em um dos episódios mais contestados do conflito entre Israel e Hamas. Embora até o momento ninguém tenha assumido o ataque, o resultado foram centenas de civis mortos
O que são escudos humanos
Segundo as Forças de Defesa de Israel, os extremistas utilizariam os civis como “escudos humanos”, ou seja, pessoas inocentes seriam utilizadas para proteger algumas áreas ou outras pessoas de operações militares.
Para defender a ordem de evacuação na área onde ficam os hospitais, as Forças de Defesa de Israel divulgaram fotos, diagramas e gravações de áudio que mostrariam como o Hamas está usando o sistema hospitalar —e o Hospital Al Shifa em particular— para esconder um quartel-general de comando debaixo do prédio