Goiânia

ESPECIAL: O cenário e desafios de Adriana Accorsi (PT) para vencer as eleições em Goiânia

O GOYAZ iniciará uma série jornalística baseada em análise e fatos com os principais nomes que surgem como pré-candidatos(as) à Goiânia. De forma imparcial e objetiva, serão citados os pós e os contras, além de uma ampla gama de dados que norteiam o cenário político do Brasil com provável reflexo na capital de Goiás

Por: Christiano Afonso C. Pereira

ADRIANA ACCORSI (PT)

Deputada estadual por Goiás por dois mandatos, está em primeiro mandato legislativo na Câmara Federal – a sexta deputada federal mais bem votada do Estado de Goiás com 96.714 votos. Foi delegada titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, onde permaneceu por mais de oito anos.

ALIANÇAS PARTIDÁRIAS

Vencer a eleição em Goiânia requer alianças partidárias. Adriana recebeu apoio do PV, Rede Sustentabilidade e do PSol. PCdoB e Avante estão na mira. A ampla coligação de esquerda representa um viés político que defenderá as bandeiras do presidente Lula (PT). O anúncio do Cidadania de que a candidatura ideal para o partido para a prefeitura de Goiânia em 2024, é com o PT de Adriana deve ser mantido até as convenções da federação. Porém, o Cidadania é um partido está federado com o PSDB até maio de 2026.

As conversas iniciadas com o PSD seguem, mas, nos bastidores, a possibilidade desta aliança está se tornando reduzida devido as recentes falas da alta cúpula de que o partido deverá optar por lançar candidato próprio. É essencial que o PT de Adriana avance e consiga atrair partidos de Centro para “balancear” e gerar um contrapeso na coligação e evitar uma polarização na capital. Caso se torne viável, a possibilidade de vencer o pleito torna-se ainda mais “palpável”.

Adriana avança nos diálogos, e o resultado final da composição poderá fortalecer, de forma significativa, a busca pela principal cadeira do Executivo goianiense. A considerar que o tempo de propaganda política é uma das armas mais importantes numa campanha eleitoral. Pode-se considerar que uma maior ampliação do PT com a gama de demais partidos, embora ainda sem definição, é um fator que fará diferença no convencimento do eleitorado. Cada segundo na TV e Rádio é precioso.

VANTAGENS

É de se considerar, devido aos fatos inseridos nas recentes pesquisas, que o eleitor da capital buscará eleger um prefeito(a) que irá gerir Goiânia na contramão da atual gestão. O nome competitivo de Adriana já tem respaldo nestas recentes pesquisas eleitorais realizadas em Goiânia inserindo-a, em algumas destas, na liderança ao pleito.

Esse sinal é uma prerrogativa que Adriana tem de que seu nome é bem visto e calibrado pelos eleitores. A crescente vertente que demonstra um salto na preferência dos votos soma-se ao lance de que Adriana tem capilaridade política e envergadura de chegar com certa facilidade ao primeiro turno. Ao lançar o movimento ‘Somar por Goiânia’, a ação é vista como um tentame de agregar demais seguimentos da classe trabalhadora e de empresários.

A maioria do eleitorado brasileiro é composta por mulheres. Adriana pode e tem reais condições de se tornar a primeira a se eleger prefeita de Goiânia. É de se ambicionar que o discurso seja também um apelo às mulheres – com pautas e projetos exclusivos à classe, o que poderia render uma bandeira que agrega votos e sentimentaliza o anseio por mudança.

O FATOR LULA

Apesar da recente e ainda atual polarização observada no país entre esquerda (Lula) e direita (Bolsonaro), a presença e um provável palanque de Lula com Adriana em Goiânia é um fator somatório. Todavia, o antipetismo na capital de Goiás tem respaldado: em Goiânia, Bolsonaro obteve 513.018 votos, o que corresponde a 63,95% dos votos válidos. Já Lula obteve 289.172 votos, o que representa 36,05% dos votos válidos.

Lula já anunciou que o projeto eleitoral de Adriana Accorsi é tratado com prioridade e que irá participar ativamente da sua campanha. Caberá a Adriana, respaldar seu plano para capital com alinhamento de projetos do governo Lula, ampliando, principalmente, o alcance social aos goianienses.

Levantamento recente, realizado em Agosto de 2022, pelo Boletim de Desigualdades nas Metrópoles, alertou que a pobreza extrema cresceu 80% em 1 ano em Goiânia. O número de pessoas em situação de pobreza em Goiânia obteve um salto 366 mil indivíduos em relação a 2021.

Mudar esse cenário é um desafio para o próximo prefeito(a) de Goiânia e é com base em dados como este que Adriana deveria traçar uma estratégia de abrangência e acrescentar uma preleção voltada a reduzir a desigualdade social na capital. E o partido que a representa, o PT, tem alicerces sólidos nas questões e programas sociais voltados às pessoas de baixa renda.

DESVANTAGENS

A administração de Paulo Garcia (PT) em Goiânia provocou no eleitorado um desgaste que ainda respalda na memória. Desvincular essa associação é uma tarefa necessária, porém desafiadora. Convencer bolsonaristas goianienses a votar em uma petista para Prefeitura de Goiânia é uma empreitada árdua. Requererá uma abordagem estratégica centrada na despolarização.

Outro fator que desfavorece Adriana é o fato de não ter experiência no Executivo. Promover no consciente do eleitorado que Adriana tem capacidade administrativa para gerir a capital vai depender de um projeto administrativo com propostas minuciosamente apresentadas como factuais, essenciais e viáveis.

CENÁRIO

Adriana saiu na frente em sua pré-candidatura à Prefeitura de Goiânia. O PT agiu rápido e bateu o martelo enquanto não existem ainda concorrentes já anunciados por demais partidos. Essa largada e o arranque político possibilita iniciar diálogos com todos os setores da sociedade e partidos.

Liderando pesquisas recentes, que a inserem num segundo turno, Adriana é a pré-candidata que antecipa os adversários políticos que se veem enfraquecidos diante de rachas e disputas internas que estão sendo exploradas pela mídia. Movimentando milícias, articulando o debate, Adriana chega com totais condições de se eleger prefeita de Goiânia. Na conjectura atual, demais nomes podem ser carimbados somente nas convenções partidárias entre 20 de julho e 5 de agosto.

Enquanto o tempo corre em desfavor dos partidos que não lançaram sequer pré-candidatura em Goiânia, o relógio favorece Adriana Accorsi (PT). E num cenário onde os indecisos podem determinar o vencendor(a) nas urnas, cada 24 horas é uma oportunidade singular para eleitores se conscientizarem a votar num candidato(a) definido, já exposto ao debate e consolidado(a) para gerir Goiânia.

Redação GOYAZ

Redação: Telefone (62) 3093-8270

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