EUA vê como “crime de guerra” ataques da Rússia contra civis na Ucrânia
Os EUA observam potenciais crimes de guerra cometidos pela Rússia contra a Ucrânia
- Secretário de Estado Anthony Blinken afirmou que o país observa relatos de ataques deliberados a civis
- Ao menos 364 civis foram mortos na Ucrânia, diz ONU
O secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, afirmou neste domingo (6) que os Estados Unidos observam “relatos muito confiáveis de ataques deliberados a civis” na Ucrânia que seriam considerados crimes de guerra.
Vimos relatos muito confiáveis de ataques deliberados a civis que constituiriam um crime de guerra. Vimos relatos muito confiáveis sobre o uso de certas armas”, disse Blinken em entrevista à rede CNN.
“O que estamos fazendo agora é documentar tudo isso, juntar tudo, analisar e garantir que, à medida que as pessoas, as organizações e instituições apropriadas investigam se crimes de guerra foram ou estão sendo cometidos, podemos apoiar o que eles estão fazendo. Agora estamos analisando esses relatórios. Eles são muito confiáveis e estamos documentando tudo”, prosseguiu o secretário.
Na última semana, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou que a Rússia estava atirando intencionalmente em civis durante os ataques à Ucrânia. O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, também acusou a Rússia de usar munições de fragmentação e bombas a vácuo (armas proibidas pela lei internacional).
O escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) informou que 364 civis foram mortos e 759 feridos na Ucrânia desde que a invasão russa começou, em 24 de fevereiro.
Na sexta (4), a organização tinha confirmado 331 óbitos e 675 feridos no país. Um dia antes, foram contabilizados 249 civis mortos e 553 feridos.
Segundo o escritório da ONU, o número real de vítimas pode ser muito maior, observando que houve relatos não verificados de centenas de civis mortos ou feridos na cidade de Volnovakha.