FUTEBOL ⚽️ Atlético Goianiense consegue a reviravolta e, nos pênaltis, arranca a classificação histórica contra o Olimpia
O Atlético Goianiense devolveu logo cedo os 2x0 levados em Assunção e poderia ter resolvido a parada antes, mas celebrou a virada nos pênaltis
O Atlético Goianiense conquistou uma das maiores vitórias de sua história nesta quinta-feira. A classificação sobre o Olimpia, um gigante continental, por si já seria memorável. Mas a forma como tudo aconteceu valoriza mais o feito do Dragão na Copa Sul-Americana.
Depois de um jogo ruim em Assunção, com a derrota por 2 a 0, os rubro-negros precisavam dar o troco no Serra Dourada. A resposta foi imediata, com dois gols em menos de dez minutos, e os goianos faziam por merecer um placar maior na primeira etapa. O resultado acabaria mantido num segundo tempo mais fechado e o 2 a 0, de qualquer forma, levava a definição da vaga aos pênaltis. Então, o Atlético selou a passagem para as quartas de final com o triunfo por 5 a 3, contando com o goleiro Ronaldo, decisivo no Paraguai, como herói do épico.
O Atlético Goianiense impressionou nos primeiros minutos. Partiu com tudo e amassou um Olimpia desnorteado. Jefferson quase abriu a contagem, mas o gol não tardou. Aos cinco minutos, Airton cobrou escanteio e Diego Churín concluiu no barbante. O centroavante, antigo ídolo do Cerro Porteño, fazia sofrerem os velhos rivais. E o melhor ainda estava por vir, dois minutos depois. Airton anotou um dos gols mais bonitos do ano. O atacante passou como quis pela marcação, enfileirando adversários. Chegou a driblar dois ao mesmo tempo, antes de definir de canhota. Era uma pintura que valorizava mais a reação imediata do Dragão.
O massacre do Atlético Goianiense não parou por aí. Shaylon quase marcou na sequência e, aos 18, Churín mandou uma cabeçada na trave. Os goianos até chegaram a balançar as redes novamente com Marlon Freitas, aos 20, mas foi anotado o impedimento. Airton também parou no goleiro Gastón Olveira e Shaylon tirou tinta da trave. O Olimpia ainda trocou seus laterais no primeiro tempo. O sufoco diminuiu, mas Olveira de novo seria vital diante de Airton.
O segundo tempo seria mais arrastado. O Atlético Goianiense permaneceu no controle, mas o Olimpia se fechou melhor. Demorou até o Dragão voltar a ameaçar, com Olveira parando Marlon Freitas aos 20. A partir de então, o goleiro seria mais ameaçado e salvaria de novo contra Marlon. Churín e Airton acabaram saindo. Já nos minutos finais, com a tensão evidente no ar, ficava o aguardo dos pênaltis. Os olimpistas podiam se considerar aliviados de sobreviverem até lá.
Wellington Rato, Alejandro Silva e Baralhas converteram as primeiras cobranças. Isso até que Ronaldo aparecesse e barrasse o chute de Hugo Quintana. Os dois time seguiram convertendo seus chutes na sequência, com Shaylon e Rickson marcando para o Dragão. Por fim, a responsabilidade de selar a classificação coube a Marlon Freitas. Mandou para as redes e correu para o abraço, num feito que parecia difícil, considerando a história continental do Olimpia.
Nas quartas de final, o Atlético Goianiense terá outro gigante pela frente: o Nacional de Montevidéu, que venceu as duas diante do Unión de Santa Fe. Pelo que aconteceu no Serra Dourada nesta quinta, porém, nada parece intimidar o Dragão. O time faz uma campanha excepcional na Sul-Americana e a reviravolta contra o Olimpia aumenta a motivação. Pode ser mais um capítulo histórico.