FUTEBOL ⚽️ Protestos no Brasileirão: entenda as razões
As rodadas do final de semana das Séries A, C e D do Brasileirão tiveram protestos, por parte dos jogadores, logo após o apito inicial trilado pelas equipes de arbitragem. Colocando suas mãos na boca (fazendo menção de que os profissionais não foram ouvidos sobre a construção dos artigos), os jogadores expuseram que trechos da Lei Geral do Esporte que acabam alterando a Lei Pelé, prejudicam os atletas.
Aprovado pela Câmara dos Deputados com grande maioria (398 votos a favor do projeto e apenas 13 posições contrárias), o novo texto, que ainda deve passar por votação no Senado Federal antes de entrar em vigor, de acordo com os atletas profissionais, retira direitos trabalhistas dos jogadores.
Principal reclamação dos jogadores, a parcela de remuneração que pode ser paga como direito de imagem, de acordo com o texto do PL, aumenta dos atuais 40% de limite para 50%. Além disso, o projeto também possibilita que a multa rescisória dos contratos dos profissionais com os clubes de futebol seja parcelada e reduzida, o que gerou reclamações. Outro ponto de discordância é de que, caso um atleta assine contrato com outro clube antes de receber tudo o que devia do clube anterior, a antiga equipe pode não ter a obrigação de ressarcir se o salário novo for maior do que o anterior.
Lucas Leiva, recém contratado pelo Grêmio, publicou em seu perfil oficial no Instagram uma imagem que pede que Romário seja o senador relator do projeto no Senado Federal e expõe os trechos que a União dos Atletas de Futebol das Séries ABCD não concordam: “O artigo 84 acaba com a natureza salarial das premiações e luvas: menos verbas trabalhistas. O Art. 85, §5º e §6º praticamente extingue a cláusula compensatória (multa rescisória) a nosso favor: podemos ser mandados embora sem nada receber. O Art 96, VII, §3º, cita que a nossa hora noturna será só a partir das 23:59, enquanto a de qualquer trabalhador é a partir das 22:00: nossa noite é diferente? O Art. 164, § 2º possibilita o aumento da verba paga como Direito de Imagem: menos verbas trabalhistas. E tudo isso sem sermos ouvidos?”.