GOIÂNIA 🌇 Gestão Rogério Cruz retoma programação cultural, em 2022, com calendário de atividades, e investimentos da ordem de R$ 8 milhões
Desde o início, a ações da gestão do prefeito Rogério Cruz foram também marcadas pelo esforço para difundir cultura em um cenário de isolamento social, no qual as apresentações e exibições com plateia estavam proibidas.
O Centro Livre de Artes (CLA) do Bosque dos Buritis, por exemplo, atendeu cerca de mil alunos no sistema remoto, e transmitiu recitais e exposições pela internet, que alcançaram em média 800 visualizações por postagem. Foram cerca de 40 produções online, com estudantes e professores.
O Museu de Arte de Goiânia (MAG) anunciou, ainda em 2020, exposições para visitação virtual. Na primeira quinzena de setembro daquele ano, inaugurou exibição das coleções de Paulo Fogaça, Paulo Humberto Almeida e Attílio Correia Lima. A mostra permaneceu on-line ao longo de quase um ano, e foi aberta à visitação pública presencial no dia 13 de agosto de 2021.
No dia 26 de maio, o MAG levou aos internautas o trabalho da artista plástica Suyan de Matos, com “A mulher forte arrancou a dor e aprisionou numa caixa”. No dia 27 de maio, foi a vez do artista Elder Rocha Lima, com “Caminhos e Veredas”. E no dia 30 de agosto de 2021, a exposição coletiva “Escalas Invertidas”, que teve 80.902 visualizações.
*Orquestra on-line*
A Orquestra Sinfônica de Goiânia também aderiu ao formato de apresentações on-line. Foram 176 atividades em ambiente virtual, de janeiro a abril de 2021, que alcançaram plateia estimada em 31,9 mil pessoas.
Já o Museu Frei Confaloni, apostou em exposições a céu aberto e em espaços amplos, arejados, que garantiam a integridade e a saúde dos visitantes. Foi assim com a exposição sobre ícones negros, do artista plástico Selvo Afonso, em agosto de 2021.
Enquanto as estatísticas relacionadas ao registro de novos casos de covid-19 na capital não arrefeciam, o Cine Goiânia Ouro abriu as portas eventualmente para gravações sem público, ensaios e outras atividades nas quais foi possível garantir respeito aos protocolos sanitários.
Em agosto e setembro de 2021, o espaço foi usado para ensaios e gravações de uma série chamada Hensga Hits. Também em setembro, o Goiânia Ouro sediou gravações do espetáculo teatral “A Caixa de Música”. A partir de novembro, o público aos poucos voltou para à casa. O marco desse movimento foi o Canto de Ouro, com 16 apresentações e média de público de 150 pessoas por dia.
Desde o segundo semestre do ano passado, a Casa de Vidro Antônio Poteiro sediou 32 eventos institucionais, não abertos ao público. A biblioteca Cora Coralina, embora tenha fechado as portas por um período em função da pandemia, atendeu 1.032 usuários, entre janeiro de 2021 e março de 2022.
*Volta do público*
A partir da segunda metade de 2021 – e ainda com os devidos cuidados – os artistas se reencontraram com a plateia no Goiânia Ouro. Um dos pontos altos foi a apresentação do espetáculo Cabaré das Divas, que em três dias alcançou 450 pessoas. O palco do Goiânia Ouro ainda foi utilizado para transmissão de lives de artistas contemplados pela Lei Aldir Blanc, um dos momentos mais movimentados da área cultural em 2022.
No Museu Frei Confaloni, a volta do público começou no fim de outubro. Desde então, o local sediou exposições que fizeram sucesso, como a Simetria, com vestuário inspirado na arquitetura art-déco de Goiânia; a exposição da maquete da antiga Estação Ferroviária da capital, e a comemorativa pelos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922.
A agenda presencial no MAG retomou fôlego no segundo semestre de 2021, com eventos como a exposição especial “A presença das mulheres no acervo do MAG” em comemoração aos 88 anos da cidade de Goiânia, e aos 51 de criação do museu; um espetáculo realizado no dia 21 de outubro de 2021, no Teatro Goiânia, com a presença da Orquestra Sinfônica; e a abertura de duas exposições em fevereiro de 2021: uma coletiva “Modernismos – Legados e Contradições”, e “Todos os Helenos”, e individual do artista plástico Heleno Godoy, que tiveram, até o momento, 2.322 visitantes.
*Leis de incentivo*
Duas leis em vigor ajudam a manter viva a rotina cultural de Goiânia. A Lei Aldir Blanc foi criada especificamente para auxiliar os artistas durante a pandemia, tendo em vista que as regras de isolamento social comprometeram a renda da categoria.
No âmbito da Aldir Blanc, foram publicados dois editais. A Secult recebeu 700 inscrições. O valor disponibilizado aos artistas foi de R$ 4,2 milhões. A outra é a Lei Municipal de Incentivo à Cultura, que recebeu 400 inscrições e disponibilizou R$ 4,45 milhões.
*Música*
No Grande Hotel, a Secretaria Municipal de Cultura e a Orquestra Sinfônica dão aulas a cerca de 100 alunos nos períodos matutino e vespertino. Essas aulas são parte do esforço para difundir a música na capital. Desde que a pandemia estava no auge, em 2021, foram 11 apresentações em igrejas, 14 em parques e praças, 19 em teatros e outras 16 em ambientes diversos. Pelo menos 30 mil pessoas assistiram a esses espetáculos.
No dia do Patrimônio Cultural (17 de agosto), a prefeitura promoveu performances musicais simultâneas em patrimônios arquitetônicos da cidade, que alcançaram público aproximado de 400 pessoas. As famosas apresentações de chorinho, em novembro e dezembro, reuniram pelo menos sete mil pessoas.
O festival Canto de Ouro, um dos mais consagrados do calendário cultural da cidade, promoveu 48 shows entre 4 e 28 de novembro do ano passado e atraíram 9,6 mil espectadores.
Em 15 de março, o prefeito Rogério Cruz anunciou a retomada cultural, com calendário de eventos, em 2022, e investimentos de R$ 8 milhões. Projetos respaldados pelos goianienses, como o Som de Mercado, FestCine, Festival de Teatro Popular, Grande Arraial de Goiânia e Festival de Ópera já têm data para retorno.
O prefeito anunciou novos eventos, como Arte nos Parques, com shows e apresentações de dança, teatro, cinema e literatura; festival de stand-up e arte urbana, com produção de painéis de grafite espalhados pela cidade.
“Após dois anos impedidos pela pandemia, conseguiremos retomar, com transparência, segurança e responsabilidade, a nossa agenda cultural”, afirma Rogério Cruz.
Fotos: Secult
Secretaria Municipal de Cultura (Secult) – Prefeitura de Goiânia