Guerra na Ucrânia: Brasil não vai dançar “ao som dos EUA”, diz ministro russo
A Agência de notícias russa divulgou nesta sexta- feira (18), a declaração de Sergey Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, dizendo que o Brasil “não vai dançar ao som dos Estados Unidos”. Após a invasão na Ucrânia, país liderado por Putin tem sofrido diversas sanções.
O ministro se queixou a entrevista sobre as sanções econômicas aplicadas pelos Estados Unidos e a União Europeia, após a invasão à Ucrânia no dia 24 de fevereiro.
Em entrevista concedida ao veículo de comunicação RT, o ministro declarou que “vários países, incluindo China, Índia, Brasil e México não dançarão ao som dos Estados Unidos” e que “A Europa praticamente parou de tentar defender sua independência diante dos EUA”, declarou o ministro russo.
“Há jogadores que nunca concordarão com a existência de uma “aldeia global” sob a liderança de um “xerife” da América- são China, Índia, Brasil e México. Tio Sam vai dizer para eles fazerem isso”, disse.
Essa semana, o Brasil optou por não somar a uma aliança contra a Rússia na Organização Mundial do Comércio (OMC), nesta terça- feira (15). A aliança conta com a liderança dos EUA e dos 27 da União Europeia, além do Canadá, Austrália, Islândia, Japão, Coréia, Nova Zelândia, Reino Unido e outros.
A Rússia também não incluiu o Brasil entre os países considerados como hostis, por apoiarem diretamente a Ucrânia.
Ainda para Lavrov: “os EUA estão lutando por um mundo bipolar”. “Não será uma “aldeia global”, será uma “aldeia americana”, talvez um salão americano onde todos dançam ao som dos mais fortes”.
Ataque em Lviv
Mísseis atingiram nesta sexta- feira (18), uma fábrica de reparos de aeronaves em Lviv, nas proximidades do aeroporto da cidade. Segundo o prefeito, Andriy Sadovy, a fábrica foi parada e não houve vítimas.
O conflito entre Ucrânia e Rússia chega ao 23º dia e há uma expectativa de conversa entre os presidentes dos EUA e da China, Joe Biden e Xi Jinping, respectivamente, para discutir a posição dos chineses na guerra.
Biden
O Líder americano chamou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, nesta quinta- feira (17), de “ditador assassino”. Um dia depois de Biden dizer aos jornalistas que Putin cometeu crimes de guerra.