Hamilton pede que F1 cobre Arábia Saudita por direitos humanos
Sete vezes campeão mundial, o piloto britânico Lewis Hamilton voltou à Arábia Saudita sentindo desconforto pelas mesmas questões que relatou no último ano: preocupações com violações dos direitos humanos no país.
Em entrevista coletiva, ele deixou claro que não gostaria de estar no país e cobrou que, inclusive, a Fórmula 1 aja nestes casos: “Não decidimos para onde vamos (com a Fórmula 1), mas acho que temos o dever de tentar fazer o que pudermos. Não é necessariamente nossa responsabilidade sermos trazidos aqui, mas tentamos fazer o que podemos, e acho importante tentarmos nos educar. Em última análise, é responsabilidade daqueles que estão no poder realmente fazer mudanças, e não estamos vendo nenhuma. Então, precisamos ver mais”.
Um dos países que ainda considera crime a homossexualidade e restringe direitos de mulheres, não as tornando livres, a Arábia Saudita é alvo de críticas de Lewis Hamilton, que se colocou à disposição das autoridades sauditas para realizar debates em prol de mudanças: “É, naturalmente, uma situação muito, muito complexa. Mas estou sempre aberto a ter uma discussão para aprender mais, para tentar entender exatamente por que o tipo de coisa que está acontecendo aqui está acontecendo, por que não está mudando. Porque é 2022. É fácil fazer mudanças”.
A Anistia Internacional, no último ano, destacou que a Arábia Saudita usa a Fórmula 1 como forma de sportwashing, que é quando um governo se utiliza do esporte e da visibilidade para limpar sua imagem.