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HIGH-TECH | Novo app de celular mede febre melhor que termômetro, via IA. Veja

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O aplicativo de celular usa sensores para transformar o aparelho em termômetro e medir a febre do usuário. Foto: Reprodução/Dennis Wise/Universidade de Washington.

Já precisou medir a temperatura e não tinha termômetro em casa? Pesquisadores da Universidade de Washington (Estados Unidos) inovaram criando um aplicativo que transforma o seu celular em um termômetro, e detecta se você está ou não com febre com muita precisão.

A tecnologia foi chamada de ‘FeverPhone’ (telefone febril) e pode ajudar com diagnósticos rápidos e precisos, evitando que você fique na dúvida se está ou não com temperatura elevada.

O ‘FeverPhone’ utiliza a tela touch do telefone e sensores de temperatura da bateria que existem no aparelho para, junto com uma inteligência artificial (IA), medir a temperatura do corpo.

Aplicação na saúde

Tudo começou quando Joseph Breda, principal autor do estudo e aluno de doutorado em Engenharia da Computação da Universidade de Washington, estudava sensores de smartphones.

“Na graduação eu estava fazendo uma pesquisa em um laboratório onde queríamos mostrar que você poderia usar o sensor de temperatura em um smartphone para medir a temperatura do ar”, disse Joseph.

Quando chegou na pós-graduação, o estudante foi desafiado pelo seu orientador a pensar uma forma de expandir sua pesquisa para o campo da saúde.

“Decidimos medir a febre de forma acessível. A principal preocupação com a temperatura não é que seja um sinal difícil de medir, mas é que as pessoas não tem termômetros”, explicou.

Como funciona?

Alguns celulares disponíveis no mercado contam com sensores que monitoram a temperatura do aparelho. Os pesquisadores, por sua vez, descobriram que é possível reprogramar esses sensores para medir a temperatura entre uma pessoa e o próprio telefone.

A tele, que é sensível ao toque, pode detectar em contato com a pele, o aumento do calor quando o aparelho encosta no indivíduo.

Em laboratório fechado, os pesquisadores foram treinando uma inteligência artificial, em diferentes cenários, para ajudar no diagnóstico da temperatura.

Para evitar as variações, os cientistas usaram três modelos de telefone diferentes. Também adicionaram capinhas e películas, buscando o máximo de precisão.

Com os aparelhos calibrados, era a hora de começar os primeiros testes.

Inovador

O aplicativo é o primeiro do mundo a usar sensores de telefones para estimar se as pessoas estão com febre. Os primeiros testes foram realizados com 37 participantes em um pronto socorro na Universidade, e os resultados empolgaram a equipe.

Dos 37, 16 foram diagnosticados com febre leve. Não participaram do estudo pessoas que tinham febre acima de 38°, pois nessas temperaturas o diagnóstico é fácil e a pele suada dos indivíduos poderia confundir termômetros no contato com a pele.

O FeverPhone estimou as temperaturas corporais dos 37 pacientes com um erro médico próximo a 0.23 Celsius, o que está dentro da faixa clínica aceitável de 0,5 C.

Como usar?

Usar o FeverPhone é muito fácil, basta que os usuários segurem o telefone, com os dedos indicadores e polegares tocando as bordas para reduzir o calor das mãos e pressionar a tela contra a testa por 90 segundos.

O número foi descoberto pela equipe do programa como sendo o ideal para sentir o calor do corpo sendo transferido para o aparelho.

Depois disso, o diagnóstico aparece na tela em poucos segundos.

“As pessoas vem ao pronto-socorro o tempo todo dizendo: ‘Acho que estava com febre’. E isso é muito diferente de dizer ‘eu estava com febre’”, disse Mastafa Springston, cooautor do estudo.

O professor explica que se o resultado for compartilhado mais cedo, é possível intervir de maneira rápida.

Próximos passos

Além de aumentarem ainda mais a precisão do aplicativo que transforma o celular em um termômetro e ajuda a detectar a febre, Mastafa e Joseph, querem expandir o número de aparelhos que a tecnologia pode funcionar.

Agora, os dois estão buscando uma forma de adaptar o sensor para relógios inteligentes.

“Começamos com smartphones porque eles são onipresentes e fáceis de obter dados, mas já estou trabalhando para ver se conseguimos um sinal semelhante com um smartwatch”, explicou Joseph.

Para o estudante, o relógio tem a vantagem de ser muito menor e variar muito a temperatura.

“Imagina você colocar um relógio na testa e medir em 10 segundos se está ou não com febre”, disse.

Joseph Breda, autor do estudo, agora quer expandir a tecnologia para relógios inteligentes. Foto: Reprodução/Dennis Wise (Universidade de Washington).

Joseph Breda, autor do estudo, agora quer expandir a tecnologia para relógios inteligentes. Foto: Reprodução/Dennis Wise (Universidade de Washington).

Com informações da Universidade de Washington

Redação GOYAZ

Redação: Telefone (62) 3093-8270

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