HPV: Saúde de Goiânia reforça importância da vacinação
Público-alvo é composto por meninas e meninos de 9 a 14 anos, pessoas com imunocomprometimento, vítimas de violência sexual e outras condições específicas. Vacina está disponível em toda a rede municipal
A Prefeitura de Goiânia reforça a importância de se vacinar contra o Papilomavírus Humano (HPV). A imunização é fundamental para a prevenção de diversas doenças graves associadas ao vírus, incluindo o câncer cervical, anal e orofaríngeo. A vacina é uma ferramenta importante na prevenção de vários tipos de câncer que têm uma alta taxa de incidência.
A vacina contra o HPV é parte de um programa global de imunização presente em mais de 50 países. No Brasil, a oferta inicial era para meninas de 11 a 13 anos, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, o imunizante está disponível para meninos e meninas de 9 a 14 anos e 11 meses e 29 dias.
Além desse grupo etário, a vacina também é oferecida a pessoas imunossuprimidas (como portadores de HIV/AIDS, pacientes oncológicos, transplantados e indivíduos com Papilomatose e Respiratória Recorrente. Também é recomendada para pessoas que utilizam Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), na faixa etária de 15 a 45 anos, e para vítimas de abuso sexual, com idades entre 9 e 45 anos.
Na capital, a vacina contra o HPV está disponível em todas as salas de vacinação. Anteriormente, a campanha oferecia um esquema de até três doses. No entanto, em abril deste ano, o esquema foi alterado para uma única dose para todos os públicos. Essa mudança segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Cobertura vacinal
Em Goiânia, a cobertura vacinal contra o HPV está em 69,2% para meninas e 53,1% para meninos, no período de 2014 até julho de 2024. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde (MS) é alcançar 90% de cobertura para crianças e adolescentes, que são o principal grupo-alvo da vacinação.
Embora esses números representam um progresso significativo, a vacinação em massa é essencial para criar uma imunidade de grupo que proteja a população de forma mais ampla e efetiva.
Doença e histórico da vacinação
O HPV é um grupo de mais de 200 vírus que afetam a pele e as mucosas. Considerado uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), o ele é transmitido principalmente por contato sexual, embora alguns tipos também possam ser transmitidos por contato direto com a pele.
Os tipos de HPV são classificados em dois grupos principais: baixo risco e alto risco. Os tipos de baixo risco, como HPV 6 e 11, podem causar verrugas genitais. Por outro lado, os tipos de alto risco, como 16 e 18, estão associados a um aumento do risco de desenvolver câncer, incluindo câncer cervical, anal, orofaríngeo e peniano. Estima-se que o HPV seja responsável por cerca de 70% dos casos de câncer cervical, conforme o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
No Brasil, a vacinação contra o HPV foi iniciada em 2014 com uma campanha nacional do Programa Nacional de Imunizações (PNI), oferecendo a vacina gratuitamente para meninas de 11 a 13 anos em um esquema de três doses. Em 2017, a vacinação foi expandida para incluir meninos de 11 a 14 anos. Em 2022, a faixa etária foi ampliada para abranger meninos e meninas de 9 a 14 anos e 11 meses e 29 dias. Neste ano, a vacinação foi reduzida para uma única dose, visando facilitar a adesão e aumentar a proteção.