Irã nega ter ajudado Hamas a planejar ataque surpresa a Israel
Operação teria sido autorizada em reunião na última segunda-feira, em Beirute, no Líbano, de acordo com fontes do 'Wall Street Journal'
O governo iraniano rebateu, nesta segunda-feira, acusações de que teria ajudado a planejar o ataque surpresa do Hamas em Israel, no sábado, e autorizado a operação em uma reunião em Beirute, no Líbano. Um porta-voz da diplomacia do país destacou que as alegações sobre o papel de Teerã na ofensiva “são baseadas em motivos políticos” e apontou que o poder local não intervém “na tomada de decisões de outras nações, incluindo a Palestina”.
A resistência da nação palestina tem a capacidade, a força e a vontade necessárias para se defender, defender a sua nação e tentar recuperar os seus direitos perdidos — disse Nasser Kanani, durante uma conferência de imprensa em Teerã.
A Guarda Revolucionária do Irã teria ajudado a planejar o ataque, segundo informações do jornal “Wall Street Journal” publicadas neste domingo, citando fontes do grupo extremista armado e do Hezbollah. O conflito na Faixa de Gaza já resultou em um grande número de mortes, com mais de 700 no lado israelense, pelo menos 413 em Gaza e sete na Cisjordânia. O número total de feridos é de cerca de 4.500, sendo aproximadamente 2.300 do lado palestino e 2.240 em Israel.
Segundo a reportagem, os oficiais do Irã colaboraram com o Hamas desde agosto para planejar uma operação complexa envolvendo incursões aéreas, terrestres e marítimas, marcando uma das maiores violações das fronteiras de Israel desde a Guerra do Yom Kippur, em 1973.