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LOLLA | Emicida abre show com: “Bolsonaro vai tomar no c”

Antes mesmo de Emicida colocar os pés no Palco Budweiser neste sábado (26), o público do Lollapalooza Brasil já dava o tom político para a performance e gritos de “fora, Bolsonaro” eram ouvidos no Autódromo de Interlagos.

O show começou com Emicida na guitarra e letras citando orixás e denunciamndo todo o tipo de violência que a população negra sofre: racismo, violência policial, sexualização de corpos pretos e falta de acesso a direitos básicos. As letras do rapper fizeram o Autódromo balançar e os fãs acompanharam animados os raps poderosos de Emicida. O público negro, ainda que em menor presença, foi a voz mais forte na plateia.

Ainda no início do show, Emicida cumprimentou o público do evento fazendo referência ao ex-presidente Lula: “Boa noite, Lulapalooza”, desejou. “Eu estava morrendo de saudade”, continuou o rapper, que ficou um bom tempo fora dos palcos por conta da pandemia do coronavírus.

Em seguida, ele fez uma manifestação e incitou jovens de 16 a 18 anos a tirare seus títulos de eleitor. “Por último: Bolsonaro, vai tomar no c*”, disparou Emicida, acompanhado por gritos animados do público.

A apresentação de Emicida também contou com participações especiais. O rapper Rael subiu ao palco e cantou a sua parceria com ele, “Levanta e Anda”. A presença de Rael empolgou a galera, que acompanhou em coro o single.

E Rael não foi o único: na sequência, Emicida convidou Drik Barbosa para o palco do Lollapalooza, que recebeu a artista com palmas e gritos. Juntos, eles cantaram “Luz”, colaboração entre os três, presente no primeiro álbum da rapper, que leva o seu nome.

Eu espero que a nossa participação tenha força para plantar energia no coração de cada um de vocês”, disse Emicida antes de cantar AmaRelo, um dos seus grandes singles. Majur entrou no palco para acompanhar o rapper na música, que dá nome ao seu último disco. A emoção do público foi geral, que conhecia a letra da música dos pés a cabeça. Ao final, a cantora também se juntou ao coro de “fora, Bolsonaro”.

Na sequência, Emicida ainda elogiou Doja Cat, que se apresentou no primeiro dia do Lollapalooza Brasil, e afirmou que a rapper, se tivesse nascido uns quinze anos antes, teria se juntado a ele nas batalhas de rap em que começou a sua carreira. E também homenageou Taylor Hawkins, baterista do Foo Fighters, que faleceu na última sexta-feira (26):

“Nossos corações ficaram partidos, porque eu acredito que todos nós, de alguma maneira, admiramos o Foo Fighters pra caralho. Pela música, pela energia, pela história”, declarou Emicida, arrancando gritos e aplausos da plateia. “Nesse momento, eu queria emanar as melhores energias para a família do nosso irmão, que nos deixou ontem.”

Antes de encerrar sua apresentação no Lolla, Emicida pediu para que o público não se esquecesse de uma coisa: nunca perder a humanidade. Ele pediu para a galera abraçar a pessoa que estava do seu lado, e o público obediente o fez. A pandemia e o distanciamento ficou para trás. Com a presença do pastor Henrique Vieira em “Principia”, Emicida transforma o festival em um culto e a palavra do dia é amor!

Redação GOYAZ

Redação: Telefone (62) 3093-8270

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