Lula condena embargo dos EUA a Cuba e cobra ricos por ‘dívida histórica’ com aquecimento global
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou apoio a Cuba e chamou de “ilegal” o embargo econômico imposto ao país pelos Estados Unidos. “Cuba tem sido defensora de uma governança global mais justa. E até hoje é vítima de um embargo econômico ilegal. O Brasil é contra qualquer medida coercitiva de caráter unilateral”, afirmou o presidente brasileiro em seu discurso na Cúpula do G77+China, em Havana, a capital cubana, neste sábado (16).
O presidente também rechaçou a inclusão de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo. As críticas ocorrem em meio à reaproximação do Brasil com o país caribenho. Na gestão passada, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Brasil e Cuba tiveram relações cortadas. Agora, um dos objetivos do Executivo brasileiro é renegociar a dívida dos cubanos com o Brasil, estimada em R$ 2,5 bilhões.
O embargo econômico imposto pelos Estados Unidos a Cuba vigora há mais de 60 anos como parte de uma série de medidas contra o regime cubano após a Guerra Fria. Essas sanções impedem que Cuba mantenha relações de comércio com a maior economia mundial. Além disso, em 2022, o país foi recolocado na lista de nações que os Estados Unidos consideram que não colaboram na luta contra o terrorismo.
Lula também ressaltou que os países mais ricos têm uma “dívida histórica” com o aquecimento global e cobrou o financiamento climático aos países em desenvolvimento.