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Oligarcas russos: veja situação deles após a guerra na Ucrânia

  • Oligarcas russos fizeram suas fortunas graças a proximidade com políticos durante o fim da USSR;
  • A maioria teve seus bens no exterior congelados após o início do conflito na Ucrânia;
  • Até hoje os bilionários tem influência nas decisões políticas do país.

Com as sanções impostas pelas nações europeias e pelos Estados Unidos após a invasão russa à Ucrânia, os bilionários russos vem atraindo cada vez mais atenção da mídia de todo o mundo mundo.

Chamado de oligarcas, muitas pessoas antes do conflito nem sabiam de suas existências e agora, seus rostos estampam capas de jornais.

A maioria fez sua fortuna ao adquirirem bens públicos, como empresas energéticas, petrolíferas, siderúrgicas e construtoras a preço de banana durante o colapso da União Soviética, que via o país privatizando suas estatais. Enquanto a maior parte do país ficou mais pobre, com a expectativa de vida caindo de 65 em 1987 para 57 anos em 1994, esses enriqueceram em uma velocidade sem precedentes.

Confira abaixo 8 oligarcas russos afetados pelas sanções

Roman Abramovich

Conhecido por ter comprado o Chelsea em 2003, Roman Abramovich fez sua fortuna no mercado de petróleo após se associar a Boris Berezovsky, também oligarca e falecido em 2013. Berezovsky era, na época, próximo do presidente russo Boris Yeltsin, o que deu aos dois bastante acesso a informações privilegiadas.

Com as sanções, Abramovich, que é um aliado próximo de Putin, foi banido de ser diretor de um clube da Premier League, liga de futebol inglesa. Sua fortuna presente em bancos ocidentais também foi congelada. Estima-se que ele tenha perdido o acesso a cerca de R$ 7,4 bilhões com as sanções, ficando com “apenas” US$ 7,1 bilhões.

Alisher Usmanov

Graças a uma fábrica de sacolas plásticas, Alisher Usmanov conseguiu juntar um dinheiro e, quando a USSR entrou em colapso, se aproveitou do momento para ampliar suas atividades para além de sua pequena indústria, obtendo participações na Metalloinvest, gigante da extração de minério de ferro e fabricante de aço, e na operadora de telefonia móvel MegaFon.

Após as sanções, Usmanov viu sua fortuna cair de US$ 18,4 bilhões para US$ 12,8 bilhões. O oligarca também era dono do maior super iate do mundo, apreendido por autoridades alemães. Segundo a Bloomberg Billionaire Index o barco estava avaliado no valor de US$ 594 milhões.

Oleg Deripaska

Oleg Deripaska é o fundador da gigante de alumínio russa, Rusal, da qual ele ainda detém ações através de sua controladora En+ Group. Deripaska se mostrou contrário ao conflito desde o ínicio, tendo pedido, em seu canal do Telegram, para que as negociações de paz comecem “o mais rápido possível”.

Depois das sanções, sua fortuna caiu de US$ 3,8 bilhões para US$ 2,2 bilhões. Além de pedir por mais, Oleg Deripaska se mostrou receoso quanto à possibilidade do conflito escalar para a utilização de armas nucleares, que segundo ele, poderia condenar a Rússia, a Ucrânia e a Europa pelos próximos 200 anos.

Igor Sechin

Igor Sechin foi escolhido pelo próprio putin para se tornar CEO da petrolífera russa Rosneft. Discreto, sua fortuna nunca conseguiu ser estimada. Recentemente um super iate avaliado em US$ 483 milhões foi apreendido por autoridades espanholas sob a suspeita de ser do oligarca. Além disso, um outro super iate, o Amore Vero, estimado em US$ 120 milhões foi confiscado na França também sob a suspeita de pertencer ao bilionário.

Gennady Timchenko

Gennady Timchenko é um dos homens mais ricos da Rússia, com controle sobre o Volga Group, o empresário possui investimentos em empresas de energia, transporte, produtos químicos e construção. Além disso, ele também é bem atuante no mundo dos esportes, presidindo a liga nacional russa de hóquei no gelo e sendo presidente do SKA Saint-Petersbug Hockey Club.

O oligarca foi um dos mais afetados pelas sanções. Segundo a Forbes, a fortuna de Timchenko despencou de US$ 22 bilhões para US$ 12,8 bilhões com o conflito.

Alexei Mordashov

Homem mais rico da Rússia, Alexei Mordashov tem investimentos que vão desde a maior agência de viagens da Europa, a Tui, até o banco Rossiya, além de ser acionista majoritário da maior siderúrgica e mineradora russa, a Severstal. Mortashov também é presidente da empresa de investimentos privados Severgroup.

Com uma fortuna de US$ 29,1 bilhões, ainda não se sabe como as sanções afetaram Mordashov, que na época da invasão estava de férias nas ilhas Seychelles.

Arkady e Boris Rotenberg

Os irmãos Rotenberg são donos de uma empresa de construção de gasodutos, responsável por serviços à estatal Gazprom. Também estão ligados ao grupo SGM e ao banco privado SMP. Arkardy é bem próximo de Putin, conhecendo o presidente russo aos 12 anos de idade durante as aulas de sambo, arte marcial russa. Atualmente ambos são parceiros de judô.

Com uma fortuna estimada atualmente em US$ 1,8 bilhões, estima-se que Arkady tenha perdido cerca de US$ 1,1 bilhão para as sanções, enquanto seu irmão, Boris, também é dono de uma fortuna de US$ 1,1 bilhão.

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Redação GOYAZ

Redação: Telefone (62) 3093-8270

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