Participação da mulher para o desenvolvimento no campo foi tema de live na Emater
Em live transmitida nesta quarta-feira (13), no canal da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) no YouTube, a supervisora de Desenvolvimento Social da Emater, Janete Alves, falou sobre a importância da participação feminina para o desenvolvimento rural.
As mulheres produtoras, que fazem parte da história da extensão rural, foram o foco da fala da supervisora, que apresentou a realidade da participação feminina em contexto nacional e regional.
Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 5,07 milhões de estabelecimentos rurais presentes no País, 4,1 milhões são dirigidos por homens, enquanto 947 mil são administrados por mulheres. No Centro-Oeste, 6% das propriedades são gerenciadas por elas.
De acordo com a supervisora, a participação das mulheres do campo em movimentos sociais é uma maneira de romper com a rígida divisão de papéis, com o lugar já predeterminado na família e no trabalho, incentivando a população feminina a ocupar o espaço no campo político.
“Muitas vezes, nosso trabalho é o responsável para que a extensão rural entre nas propriedades e comece a ganhar corpo. Para que o desenvolvimento ocorra, é a mulher que dá esse pontapé”, ressaltou Janete.
A supervisora destacou ainda que, nas modalidades de programas de incentivo à agricultura familiar, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), a presença de mulheres cresce a cada ano. Em 2019, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a participação feminina chegou a 80% em comparação à masculina.
Ações da Emater
A atuação da Emater no empoderamento feminino é contínua, como explicou Janete. Por meio de oficinas, cursos e campanhas, a agência desenvolve projetos de segurança alimentar e nutricional, saúde familiar, geração de renda, associativismo e cooperativismo e empreendedorismo rural.
“Dezenas de capacitações têm sido ministradas, ligadas principalmente ao beneficiamento de produtos e boas práticas de fabricação, uma vez que é notório o envolvimento delas na direção de agroindústrias”, salientou a supervisora.